Audiência de custódia mantém prisão de atletas do River Plate acusadas de injúria racial

A audiência de custódia das quatro atletas do River Plate, acusadas de cometer injúria racial durante a partida contra o Grêmio na Brasil Ladies Cup, resultou na continuidade de manter a prisão em flagrante das atletas: Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz que foram encaminhadas  após o final do jogo para a 6ª Delegacia de Polícia em São Paulo, onde o caso foi registrado nesta sexta-feira.

A acusação foi feita após a meio-campista do River, Candela Díaz, fazer um gesto em alusão a um macaco para o gandula do Grêmio, o tricolor gaúcho afirmou em nota que suas atletas também teriam sido alvo de racismo. A sentença do juiz foi emitida neste sábado, levou em conta que as atletas fazem parte de um clube argentino e por isso existe um baixo vínculo entre as jogadoras e o Brasil. O River Plate repudiou o ato acontecido e está oferecendo apoio para as jogadoras. Além disso, o River Plate se comprometeu a levar o caso às autoridades competentes na Argentina. 

Segundo o GE, a advogada Thaís Sankari, que representa o River Plate entrará com o pedido de habeas corpus para que as atletas possam responder em liberdade, a advogada ainda teria afirmado que as jogadoras condenadas estariam assustadas com a situação.

Em suas redes sociais a organização da Brasil Ladies Cup divulgou a eliminação  da equipe argentina da competição além da suspensão de dois anos. Além disso, o comitê organizador ressaltou que durante a final que ocorrerá entre Grêmio e Bahia neste domingo no Estádio Canindé, vão ser realizadas ações para fortalecer a luta contra a discriminação racial. 

Em um trecho da nota divulgada pela organização da Ladies Cup, foi ressaltado que atitudes como essa não serão compactuadas e que a competição valoriza o viés educativo e social.

“Reiteramos o respeito pelo River Plate-ARG, instituição que participou das edições de 2021 e 2024, mas cabe ressaltar que além do aspecto desportivo, a Ladies Cup valoriza também o viés educativo e social presente nas ações complementares ao evento. Não iremos jamais compactuar com este tipo de episódio dentro do campeonato. Desta forma, a Comissão Organizadora acaba de implantar uma nova diretriz incorporada ao regulamento de todas as edições futuras, prevendo o banimento sumário de qualquer clube ou seleção participante, cujos atletas e dirigentes executem gestos racistas no campo de jogo”.

 

 

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