Gonet defende prisão de general citado em plano do golpe

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se na última terça-feira (24) contra o pedido de revogação da prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes. O militar está sendo investigado por sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado, em 2022. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), a prisão está devidamente fundamentada, não havendo elementos novos que justifiquem a revisão da medida cautelar.

Na manifestação encaminhada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do caso, a PGR reforçou a manutenção dos fundamentos que embasaram a decretação da prisão preventiva. Para o órgão, os argumentos apresentados pela defesa não foram suficientes para afastar os elementos já existentes. Assim, a continuidade da prisão é considerada necessária.

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A Procuradoria também destacou que os pontos levantados pela defesa não invalidam os fatores que justificaram a prisão preventiva. Pelo contrário, conforme pontuado na manifestação, os riscos à ordem pública permanecem evidentes. Esse risco está relacionado, principalmente, à influência significativa do general em relação aos demais investigados.

“Os pontos trazidos na manifestação da defesa, portanto, não afastam os elementos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva. Ao revés, a prisão decretada está amparada em elementos que traduzem o risco concreto à ordem pública, notadamente ante a apontada posição de grande ascendência do Requerente em relação aos demais investigados”, escreveu Gonet.

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