Dezenas de cavalos são achados em túmulo de 2800 anos

Os achados arqueológicos nos ajuda a compreender ou obter informações sobre as sociedades e as formas antigas por meio do estudo de evidências históricas sobre o solo e materiais que foram soterrados ao longo do tempo.Um grande túmulo encontrado na Sibéria, datado de 2.800 anos atrás, revelou práticas funerárias de uma cultura intimamente relacionada aos citas, um povo nômade conhecidos por seus rituais macabros com sacrifícios humanos e de animais.Descoberto em Tuva, no sul da Sibéria, o kurgan — uma estrutura funerária monumental — abrigava os restos mortais de uma figura de elite, acompanhada de pelo menos um humano e dezenas de cavalos sacrificados. A descoberta foi publicada na revista Antiquity.

Segundo os pesquisadores, além dos esqueletos, foram encontrados artefatos decorados com temas animais e equipamentos de equitação, sugerindo uma cultura semelhante à dos citas. “A tumba Tunnug 1 é um enterro de elite da mais alta ordem”, explicou Gino Caspari, arqueólogo do Instituto Max Planck de Geoantropologia.Enquanto o estudo mencionava 18 cavalos sacrificados, descobertas posteriores elevaram esse número para várias dezenas, conforme informou o portal Live Science.Veja também:Capacete militar de 400 anos é achado na HungriaTumba de rei pré-histórico é encontrado na ChinaPiso feito de ossos é descoberto em cidade da HolandaA datação por radiocarbono situou o túmulo no final do século IX a.C., tornando-o um dos mais antigos a exibir práticas funerárias citas. Os arqueólogos acreditam que a estrutura pode marcar o início de uma tradição que perdurou por séculos, conforme descrito pelo historiador grego Heródoto no século V a.C.Heródoto relatou que os citas sacrificavam servos e cavalos para acompanhar seus líderes na vida após a morte. Após serem mortos, os cavalos eram empalhados e posicionados como se estivessem cavalgando em torno do túmulo. Embora os ossos tenham se degradado, os pesquisadores ainda buscam pistas sobre como esses cavaleiros foram dispostos no local.EsqueletosA análise nos cavalos revelou que a maioria tinha entre 9 e 15 anos, com alguns ultrapassando os 20 anos, indicando que os citas não necessariamente sacrificavam os melhores animais de seus rebanhos. Já os restos humanos provavelmente pertencem às vítimas sacrificadas, destinadas a servir como guardiões na vida após a morte.Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp!Embora a cultura cita tenha deixado poucos registros escritos, suas práticas funerárias continuam a fascinar pesquisadores. Novas escavações em Tunnug 1 podem lançar mais luz sobre os complexos rituais desse antigo povo.

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