Jurados absolvem irmãos acusados de matar torcedor do Remo

A rivalidade entre torcedores de futebol é um fenômeno global que muitas vezes ultrapassa os limites da paixão esportiva, resultando em episódios de violência e até em tragédias fatais. Este potencial destrutivo foi evidenciado em Belém, onde, após uma partida do Remo, um torcedor foi morto durante uma briga em 2018.Este caso foi a julgamento na última segunda-feira (24), seis anos após o ocorrido, na 3ª Vara – anteriormente conhecida como 4ª Vara – do Tribunal do Júri de Belém. Após uma sessão que durou oito horas, os jurados decidiram absolver dois irmãos acusados de envolvimento na morte do estudante de Engenharia de Automação e Controle Hugo Anderson Tavares Esquerdo, de 26 anos, torcedor do Clube do Remo.CONTEÚDO RELACIONADOTorcedor é morto após clássico Re-Pa no MangueirãoPM da reserva é preso por morte de torcedor do Clube do RemoTorcedor é morto a tiros por falso entregador em BelémHugo foi assassinado a facadas no dia 24 de fevereiro de 2018, na rua Major Miguel, localizada no bairro Benguí, em Belém. O crime ocorreu logo após uma partida do Remo, quando Hugo e um amigo se perderam no bairro enquanto tentavam chegar à sede de uma torcida organizada do clube. Durante o trajeto, eles se desentenderam com três irmãos que estavam em um bar, protejendo-se da chuva.Quer saber mais notícias de polícia? Acesse nosso canal no WhatsApp.Os irmãos Benedito Santa Brígida, de 27 anos, e Gabriel Rodrigues Santa Brígida, de 25 anos, foram julgados em uma sessão presidida pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima. O júri decidiu pela absolvição dos irmãos, acatando a defesa apresentada pelo defensor público Domingos Lopes Pereira. Ele argumentou que Benedito e Gabriel não eram os responsáveis pelos golpes fatais que mataram Hugo, mas sim que o autor do crime foi o irmão mais novo dos acusados, um adolescente.
O defensor público explicou que o adolescente havia confessado o crime desde o dia do ocorrido, afirmando que agiu em legítima defesa ao ver Hugo enforcando um de seus irmãos. De acordo com a Justiça, o caso do adolescente foi desmembrado e ele respondeu pelo ato infracional na vara da infância.
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