Alerta! Casos de dengue cresceram 276% no Pará; entenda

As ocorrências de casos confirmados de viroses cresceram no Pará no ano passado em relação a 2023 e reforçaram a ação das áreas da saúde estadual e municipal na prevenção e combate às doenças. Até o dia 31 de dezembro do ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) já havia registrado 17.578 casos confirmados de dengue – a arbovirose com maior incidência – em todo o território paraense, com 12 óbitos. Os números superam em muito as ocorrências de 2023, quando foram registrados 4.673 casos da doença com apenas uma morte, o que representa 276%% a mais no número de registros e 1.100% na quantidade de mortes.Os municípios mais afetados pela dengue no ano passado foram Belém (3.086 casos), Prainha (1.033 casos) e Castanhal (856 casos). Em relação aos óbitos, Belém também liderou, com 4 ocorrências, vindo em seguida Altamira (1), Monte Alegre (1), Cametá (2), Colares (1), Marabá (1), Mocajuba (1) e Canaã dos Carajás (1). A morte ocorrida em 2023 ocorreu em Oeiras do Pará. Até o último dia 9 de janeiro a Sespa já havia registrado 13 casos de dengue no estado, sem ocorrência de óbitos.A Chikungunya foi a segunda arbovirose com mais incidência no Pará em 2024, com 369 casos confirmados. Os municípios mais afetados foram Redenção (119 casos), Juruti (62 casos) e Rio Maria (26 casos). No ano de 2023, o estado teve 200 casos registrados de Chikungunya.VEJA TAMBÉMEstudante afirma ter sido infectada com HPV na academiaInverno amazônico favorece doenças. Entenda!Norovírus no Brasil: saiba os sintomas e como se prevenirA Febre de Oroupuche foi a terceira arbovirose que mais atingiu os paraenses em 2024, com 113 casos confirmados. O Pará foi o primeiro no Brasil a implantar oficialmente a Vigilância Epidemiológica da Febre de Oroupuche, processo aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) em 8 de fevereiro de 2024, ainda não há dados consolidados sobre essa doença nos anos anteriores.Os casos de Zika vêm logo a seguir com o registro de apenas 30 casos confirmados em 2024, enquanto em 2023, o número foi de 14 casos. Houve o registro de apenas um caso de Febre Amarela em todo o ano passado. Em 2023, não houve casos confirmados. A Sespa informou ainda não possuir dados consolidados de 2025 para Chikungunya, Zika, Febre Amarela e Oropouche, já que os dados dessas doenças são analisados a cada 30 diasSRAg’sEm relação às Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG´s) a situação é inversa: Os casos de 2023 superaram os registrados no ano passado, tanto em casos confirmados como em óbitos. Segundo dados da Sespa com base no Sistema de Informação SIVEP-Gripe, em 2023 foram registrados 4.409 casos de SRAG no Pará, contra 4.206 confirmados em todo o ano de 2024, o que representa uma redução na ordem de 4,60%. O ano de 2023 também liderou o número de óbitos com 371 ocorrências em 54 municípios, contra 291 óbitos ocorridos ano passado, uma redução de 21,6%.Belém liderou os municípios com maior número de notificações em 2023 (1.211), seguido de Castanhal (672), Cametá (339), Breves (230), Barcarena (169), Marabá (169), Altamira (159), Paragominas (141) e Igarapé-Açu (125). Os meses de maior incidência foram maio (512), junho (519) e julho (530). Houve 371 óbitos em 54 municípios, com destaque para Belém (80), Castanhal (63), Ananindeua (50), Santarém (26), Itaituba (15) e Oriximiná (12).Belém também esteve à frente das ocorrências de SRAG’s ano passado, com 1.570 casos, seguidos dos municípios de Cametá (440), Castanhal (300), Óbidos (177), Barcarena (169), Itaituba (139), Altamira (108), Ananindeua (104) e Marabá (104). Os meses de maior incidência foram janeiro (568), março (499), abril (576) e maio (501). Dos 291 óbitos notificados, 117 ocorrem em Belém, vindo em seguida Itaituba (28), Santarém (21), Ananindeua (15), Castanhal (14), Óbidos (11) e Tucuruí (10).Nos primeiros 15 dias deste ano a Sespa já registrou 38 casos de SRAG’s, sendo 26 em Belém, 4 em Castanhal, 2 em Ananindeua e Barcarena, e 1 caso em Altamira, Santarém, Tailândia e Tomé-Açu, com apenas um óbito foi notificado em Belém no início do ano.PARA ENTENDERNo Pará, há vacinas disponíveis tanto para arboviroses quanto para a prevenção de complicações graves da gripe (SRAG’s). Os dados refletem os esforços contínuos para proteger a população contra doenças graves e reforçam a importância da vacinação para todos os grupos elegíveis.Vacinas contra arboviroses:Febre amarela: Faz parte do calendário de vacinação infantil, com duas doses: a 1ª aos 9 meses e um reforço aos 4 anos. Em 2024, a cobertura vacinal foi de 58,18% das crianças elegíveis.Dengue: Desde junho de 2024, o Ministério da Saúde (MS) enviou doses para adolescentes de 10 a 14 anos em municípios específicos do Pará.Doses aplicadas:Ananindeua: 5.955Belém: 5.442Benevides: 1.451 dosesMarituba: 1.531 dosesSanta Bárbara: 513 dosesDom Eliseu: 1.412 dosesAbel Figueiredo: 231 dosesBom Jesus do Tocantins: 168 dosesBrejo Grande do Araguaia: 229 dosesCanaã dos Carajás: 904 dosesCurionópolis: 463 dosesEldorado dos Carajás: 603 dosesItupiranga: 667 dosesMarabá: 4.218 dosesNova Ipixuna: 276 dosesPalestina do Pará: 138 dosesParauapebas: 3.042 dosesPiçarra: 350 dosesRondon do Pará: 1.192 dosesSão Domingos do Araguaia: 386 dosesSão Geraldo do Araguaia: 630 dosesSão João do Araguaia: 395 dosesTOTAL: 30.196 doses aplicadasQuer mais notícias de Saúde? Acesse o nosso canal no WhatsAppVacinas contra a gripe (SRAG’s)A vacina é atualizada anualmente com as cepas mais circulantes e é destinada a grupos prioritários, como idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.2023: 1.249.575 pessoas vacinadas, com cobertura de 29,20% dos grupos prioritários.2024: 1.283.470 pessoas vacinadas, alcançando 39% de cobertura nos grupos prioritários.2025 (primeiros 15 dias): Os vacinados ainda estão sendo contabilizados na campanha de 2024, que segue em andamento.
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