Comurg pede R$ 100 milhões à Prefeitura de Goiânia para demitir até 1.200 funcionários

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), responsável pelos serviços de limpeza e manutenção na cidade, solicitou à Prefeitura um valor de R$ 100 milhões para demitir entre 800 e 1.200 funcionários. O objetivo é reduzir custos e equilibrar as finanças da empresa, que está registrando um prejuízo de R$ 20 milhões por mês.

As demissões devem afetar principalmente funcionários aposentados ou próximos da aposentadoria, mas a Comurg também analisa a possibilidade de cortar aqueles que ainda estão na ativa, especialmente os que recebem salários mais altos ou que não desempenham funções essenciais. A empresa garantiu que pagará todas as verbas rescisórias, como salários atrasados e multas, mas precisa dos recursos da Prefeitura para honrar esses compromissos.

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Além dos R$ 100 milhões para as demissões, a Comurg pediu outros R$ 90 milhões para pagar dívidas e ajustar suas finanças, totalizando uma solicitação de R$ 190 milhões à gestão municipal. O secretário da Fazenda de Goiânia, Valdivino Oliveira, afirmou que o montante é necessário para “colocar a empresa nos trilhos” e evitar o agravamento dos prejuízos.

A Prefeitura está buscando viabilizar os recursos com base no decreto de calamidade financeira, emitido no início de janeiro. Esse decreto permite que o governo adote medidas mais ágeis para reduzir gastos, mas precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Enquanto isso, a administração municipal busca outras formas de liberar os fundos.

Desde a gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), a Comurg já demitiu 480 funcionários comissionados e iniciou uma revisão dos salários mais altos, além de reduzir cargos de chefia. A previsão é que, com essas medidas, os gastos mensais da empresa caiam de R$ 48 milhões para R$ 28 milhões a partir de abril.

A Comurg também contratou uma auditoria para verificar o cumprimento das leis no pagamento de salários e benefícios. Enquanto isso, os sindicatos cobram que os direitos dos funcionários demitidos sejam respeitados.

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