A cor da pele e o acesso à cultura no Brasil

Um estudo intitulado “Cultura nas Capitais”, realizado pela JLeiva Cultura & Esporte, destaca como a cor da pele influencia o acesso à cultura no Brasil. Com mais de 19 mil entrevistados nas capitais estaduais e no Distrito Federal, a pesquisa revelou que pessoas brancas têm maior participação em atividades culturais em comparação a pardos e indígenas. Enquanto brancos lideram em categorias como museus (32%), bibliotecas (28%) e teatros (29%), pessoas pretas se destacam em eventos como shows (44%) e festas populares (39%).

Os dados mostram que, apesar do interesse elevado das pessoas pretas em participar de atividades culturais, elas enfrentam barreiras de acesso. O público amarelo se destaca no consumo de video games (59%) e cinema (59%), enquanto pardos e indígenas apresentam os menores índices de participação. Notavelmente, metade dos entrevistados indígenas participou de no máximo duas atividades culturais nos 12 meses anteriores à pesquisa, evidenciando a exclusão.

João Leiva, idealizador da pesquisa, afirma que os dados não apenas expõem a exclusão de grupos historicamente marginalizados, mas também indicam áreas com potencial para crescimento no acesso à cultura. Essa análise crítica ressalta a necessidade de políticas públicas que promovam a inclusão cultural e garantam que todos os cidadãos tenham igualdade de oportunidades para participar da vida cultural do país.

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