Bloco reforça a luta contra o trabalho infantil em escola

As crianças da Escola Municipal Alda Eutrópio de Souza, no bairro do Tapanã, começaram o ano letivo com uma programação especial para refletir sobre o problema social que é o trabalho infantil. O bloco Pato de Máscara, uma iniciativa da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil do TRT da 8ª Região, que a cada ano busca abordar no período do carnaval um tema social diferente, trabalhou com os estudantes sobre o tema de forma lúdica e com roda de conversa na primeira semana de volta às aulas.De acordo com a juíza Vanilza Malcher, idealizadora do bloco e uma das coordenadoras da Comissão, essa foi a primeira ação do projeto em 2025, e começar dentro de uma escola foi de grande importância. “Não podemos falar de trabalho infantil sem as crianças e os adolescentes. Então escolhemos essa escola municipal, que é parceira da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil desde 2016, para trazer essa proposta de dialogar com os estudantes sobre a importância da criança estudar, brincar, se desenvolver e viver plenamente a sua infância”, explica a juíza.Conteúdo relacionado:Autoridades discutem proibição de marchinhas preconceituosasPré-carnaval 2025: confira agenda de evento em BelémLugar de criança é na escolaLocalizada no bairro do Tapanã, em Belém, a Escola Alda Eutrópio foi toda mobilizada para a atividade, que durou três dias e contou com a participação de cerca de 350 crianças, incluindo alunos da manhã e da tarde. Para a diretora da escola, Tatiane Silva, foi fundamental levar a iniciativa para a instituição. “Primeiro porque a gente trabalha com criança, e aqui no Tapanã infelizmente nós temos um nível alto de crianças que trabalham nas feiras, e isso é muito triste, porque lugar de criança é na escola”, afirma a professora.A diretora comemora que a programação tenha aguçado ainda mais a vontade dos estudantes estarem na escola. O pato gigante, mascote do bloco, foi produzido com material totalmente sustentável e levado todo em branco para a instituição, para ser pintado pela artista visual Dannoelly Cardoso diante dos alunos. Além disso, os alunos fizeram oficina de pintura e trabalharam com corte e colagem do catavento, símbolo da luta contra o trabalho infantil. “A programação trouxe uma reflexão de forma lúdica, e os estudantes puderam conhecer os seus direitos enquanto criança a partir das cinco cores do catavento”, comenta a diretora.Quer mais notícias do Pará? Acesse o nosso canal no WhatsAppA pequena Ana Laura Lima, 6, aluna do 1º ano da escola, foi uma das crianças que aproveitou as atividades do projeto. Ela comenta que gostou de pintar e de conhecer o pato, e diz que aprendeu a lição: “Criança não pode trabalhar, criança tem que estudar”, afirma a estudante.
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