Flamengo fecha acordo com última família de vítima do Ninho

O tempo pode suavizar cicatrizes, mas algumas feridas jamais se fecham completamente. A tragédia ocorrida no Centro de Treinamento Presidente George Helal, amplamente conhecido como Ninho do Urubu e também chamado de CT da Vargem Grande, em 2019, marcou para sempre o futebol brasileiro e as famílias das vítimas, deixando um longo caminho de disputas judiciais.Na última terça-feira (4), o Flamengo assinou um acordo com a família de Christian Esmério, goleiro falecido no incêndio, resolvendo a última pendência judicial relacionada ao caso.CONTEÚDO RELACIONADONeymar tem nome publicado no BID e pode estrear pelo SantosCBF define data do sorteio da Copa do Brasil 2025Santa x Sport: decretada prisão de 13 envolvidos em brigaEm comunicado oficial, o clube ressaltou que “entende que não há dinheiro no mundo que possa aplacar a dor pela perda de um filho ou de um irmão, mas continuar litigando, consideradas as circunstâncias do caso concreto, poderia impor ainda maior sofrimento à família, o que não é o desejo do clube. Dessa forma, terminar o processo e permitir à família a compensação financeira, mediante a celebração do acordo, era prioridade máxima da atual administração do clube”.Quer mais notícias de esportes? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.ACORDO DE CONFIDENCIALIDADEO valor do acerto não foi divulgado, pois está protegido por uma cláusula de confidencialidade. No entanto, no ano passado, a Justiça determinou que o Flamengo pagasse R$ 2,82 milhões por danos morais aos pais de Christian, valor que seria dividido igualmente entre eles, além de R$ 120 mil ao irmão e uma pensão mensal de R$ 7 mil, a ser paga até 2048 ou até o falecimento dos genitores.RELEMBRE A TRAGÉDIA RUBRO-NEGRAO incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo na zona oeste do Rio de Janeiro, aconteceu na madrugada de 7 de fevereiro de 2019, resultando na morte de dez jovens jogadores e deixando três feridos. O fogo começou em um aparelho de ar-condicionado no alojamento das categorias de base, que funcionava em contêineres. Peritos apontaram que o material utilizado no revestimento do espaço era altamente inflamável, contribuindo para a rápida propagação das chamas.Na ocasião, a prefeitura do Rio afirmou que o local não possuía alvará para operar como alojamento. Dos 26 atletas que dormiam no local, 16 conseguiram escapar, enquanto dez não resistiram. As vítimas fatais foram Athila Paixão, Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza Vianna, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.VEJA MAIS:
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