Grandes acordos e fracassos que marcaram a luta contra as mudanças climáticas

As Conferências das Partes (COP) da ONU sobre Mudança Climática são o principal palco global para negociações climáticas, mas nem sempre entregaram os resultados esperados. Entre os maiores sucessos está o Protocolo de Kyoto, firmado na COP3, em 1997, que estabeleceu metas obrigatórias para a redução de emissões de gases de efeito estufa nos países industrializados. Outro marco foi o Acordo de Paris, na COP21, em 2015, quando mais de 190 países se comprometeram a limitar o aquecimento global a menos de 2°C, com esforços para restringir o aumento a 1,5°C. Apesar disso, a implementação tem sido lenta, e o mundo já enfrenta consequências severas das mudanças climáticas.
Outro avanço importante foi a criação do Fundo Verde do Clima, na COP16, em Cancún (2010), que prometeu mobilizar US$ 100 bilhões anuais para financiar ações climáticas em países em desenvolvimento. No entanto, a falta de cumprimento integral desse compromisso expôs um dos principais desafios das COPs: transformar promessas em ações concretas. Enquanto alguns acordos trouxeram avanços significativos, outros foram marcados por impasses e desilusões.
Um exemplo emblemático de fracasso foi o Acordo de Copenhague, na COP15 (2009), que não conseguiu estabelecer metas claras ou vinculativas para a redução das emissões globais. A COP18, em Doha (2012), também foi criticada por sua falta de progresso em questões cruciais, como assistência financeira aos países mais vulneráveis. Além disso, a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris durante o governo Trump enfraqueceu os esforços globais e destacou os desafios políticos que cercam as negociações climáticas.
Com a COP30 programada para novembro de 2025 em Belém, no Brasil, o mundo espera que os líderes globais superem as divisões e apresentem soluções mais eficazes. O histórico das edições anteriores mostra que avanços são possíveis, mas dependem de compromissos reais e ações coordenadas para enfrentar a crise climática que já afeta bilhões de pessoas ao redor do planeta.
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