Clássico: Tuna e Remo jogam neste domingo (09) no Mangueirão

Tuna Luso e Clube do Remo fazem, neste domingo, 9, o segundo clássico do Campeonato Paraense. Os rivais entram em campo em situações díspares e curiosas. Mandante da partida, a Lusa vem de uma vitória e, se voltar a vencer, empata justamente com o Leão na liderança da competição. Já o time azulino vem pressionado. Mesmo sendo o líder isolado da primeira fase até o começo da rodada, o Remo foi desclassificado no meio de semana da Copa Verde ao empatar em 1 a 1 com o São Raimundo-RR e depois perder nas disputas de pênaltis. Embora uma competição não tenha nada a ver com a outra, a saída precoce da CV fez o time entrar em xeque, isso porque os comandados de Rodrigo Santana vêm de três partidas seguidas com atuações bem abaixo do que poderiam render. De lá pra cá foram uma vitória e dois empates. Mais um resultado ruim, mesmo sendo no clássico, pode fazer com que o Baenão viva dias de chuvas e trovoadas. A partida começa às 18h, no Estádio do Mangueirão, pela quinta rodada do Parazão.No Baenão, a ordem é superar a desclassificação na Copa Verde e pensar adiante. No caso, o pensamento imediato é o Parazão. Vencer um clássico é encarado como a oportunidade perfeita para se desculpar com a torcida. A classificação para a fase seguinte da competição estadual está praticamente garantida, mas moralmente uma boa apresentação e consequentemente vitória é vista como uma obrigação, uma forma de aplacar a já nascedoura insatisfação de boa parte da torcida.“Temos que virar a chave, já temos um clássico muito importante para nós. A gente sabe que estamos invictos ainda na competição, somos líderes, sabe que todos os adversários que vierem jogar contra vão querer tirar pontos do Remo. Cabe a nós não deixar isso acontecer, assumir a responsabilidade, impor o nosso jogo, impor o peso que tem a nossa camisa dentro de campo”, comentou o zagueiro Rafael Castro. Para o defensor, mais do que quaisquer palavras é preciso dar a resposta em campo, com empenho e superação. “Não adianta só falar, a gente sabe onde tem que melhorar para que a gente consiga ter êxito novamente, buscar o caminho da vitória e poder ter um pouco mais de tranquilidade”.Quer mais notícias sobre Esporte? Acesse nosso canal no WhatsAppEntre os tunantes, o momento do Remo é visto como uma oportunidade para tentar vencer um clássico. Será o segundo Derby luso, que perdeu de 2 a 1 o primeiro, contra o Paysandu. “Com o tropeço deles, passa a ser um jogo de seis pontos. Temos a oportunidade de vencer, encostar ou até passar eles. A gente sabe que uma vitória em cima do Remo pode nos condicionar a uma classificação, brigar por uma primeira ou segunda posição, e estamos nos preparando à altura deste desafio”, observou o volante Renan, citando o empate em 2 a 2 com o Capitão Poço, na última rodada do Parazão.

A Tuna vem de uma boa vitória em casa, 3 a 0 sobre o Cametá, e se vencer neste domingo também ficará muito perto da classificação para a fase seguinte, daí a importância maior que o confronto ganhou. “Sabíamos da importância de vencer em casa o Cametá e conseguimos os três pontos. Estamos trabalhando agora para enfrentar e vencer o Remo no domingo. A gente sabe da qualidade do adversário”, completou Renan.Oportunidade para “pedir desculpa” à torcidaNos cinco jogos que fez até aqui na temporada, o Remo só repetiu a mesma formação do primeiro para o segundo. De lá para cá, o técnico Rodrigo Santana tem procurado alternativas para a equipe, além de dar oportunidades para os jogadores que chegaram no início do ano. No entanto, essa alternância tem cobrado um preço, com um time sem entrosamento e com uma condição física desigual. Esse período de testes pode ter chegado ao fim com a desclassificação da Copa Verde. Ainda assim, a formação titular para este domingo ainda é uma incógnita.“Nós sabemos que o quanto antes todos jogadores estiverem com mais ritmo de jogo e adaptados, será melhor para todos. É melhor não só para nós, mas melhor para o Remo. Acredito que daqui para frente o professor Rodrigo já vai começar a dar ênfase em um time melhor. Era o que nós vínhamos trabalhando, era o que ele vinha conversando, que ia nos passando que daria oportunidade a todos. Agora temos que minimizar os nossos erros, nos concentrar mais, cobrar quando tiver que cobrar, sem medo. Porque nós sabemos que deixamos a desejar, principalmente nesses dois últimos jogos. Temos que aceitar a cobrança”, observou Rafael Castro.O zagueiro sabe que muitas dessas dificuldades vieram de equipes que jogaram fechadas, buscando uma bola para a vitória, o que não deve acontecer no clássico. Mas, ainda assim o Leão Azul tem que encontrar caminhos para superar essas retrancas. “Quem vem enfrentar o Remo aqui sempre vem mais fechado, querendo tirar pontos do remo aqui dentro. E cabe a nós não deixar isso acontecer, a gente já sabe o nosso modelo de jogo, independente de adversário, a gente tem as alternativas certas, falta a gente colocar em prática, o que não aconteceu nos últimos jogos. O Rodrigo tem nos dado alternativas para a gente fazer no decorrer dos jogos”.Ao contrário do meio de semana, desta vez a torcida azulina estará presente no estádio, para apoiar e para cobrar. Para Rafael, a oportunidade de buscar fazer as pazes com a arquibancada. “Contamos com o apoio do Fenômeno Azul, nosso 12º jogador. Eles vão nos empurrar mais e a cobrança também vai ser maior. A gente sabe que quando as coisas não acontecem dentro de campo, eles respondem fora”.E MAISDestaque da base e visto como uma promessa azulina, na última quinta-feira o meia Guty teve a sua primeira chance na temporada e, além da desclassificação da Copa Verde, ele foi atingido acidentalmente por um adversário e sofreu uma fratura exposta dos ossos do nariz. Através de nota, o clube informou que Guty passou por uma cirurgia na madrugada de sexta-feira (7), no hospital Porto Dias. O procedimento foi realizado pelo cirurgião bucomaxilofacial Luiz Jorge Guedes. Guty tem previsão de alta neste domingo (9) e o tempo estimado de recuperação deve ser de quatro semanas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.