Liga Ágora emprega 70% dos participantes no mercado de trabalho em Joinville

Programa criado em 2022 para aproximar talentos universitários do ecossistema de inovação ajudou a colocar 34 dos 50 participantes em empresas e entidades públicas e privadas da região. As inscrições estão abertas até 26 de fevereiro. / Foto: Divulgação


[JOINVILLE, 10.02.2025]
Redação SC Inova, [email protected]

Um programa para aproximar talentos universitários do ecossistema de inovação e capacitá-los para as demandas de empresas e entidades, o Liga Ágora, concebido e executado pelo Ágora Tech Park, chega à quarta turma com quase 70% de seus participantes já atuando no mercado de trabalho. As inscrições estão abertas desde hoje (10.02).

Lançado em 2022, o Liga Ágora já impactou 50 estudantes, dos quais 34 estão atuando em empresas do ecossistema, entidades públicas e privadas. Durante o programa, os alunos têm o desafio de compreender as demandas de mercado e as oportunidades de negócio em um ecossistema de quase 150 empresas que operam no Ágora Tech Park. Eles são chamados de “guardiões”, e levam aprendizados da universidade para apoiar projetos em cinco frentes: organização e condução de visitas guiadas no parque, apoio e organização de eventos estratégicos, auxílio nas comunicações oficiais, realização de ações culturais (exposições, mostras de cinema e feiras literárias), além da integração de projetos universitários no ecossistema. 

Marciele da Silva Lemes, egressa da turma 2023 da Liga Ágora e que hoje é analista de inovação no Join.Valle, afirma que o programa foi um “catalisador” de sua trajetória profissional, que começou cedo. “Eu empreendo desde muito nova, mas ao participar dos diversos programas que a liga proporcionou como por exemplo o JEDI e o Startup Weekend, minha mente se expandiu de uma forma incomparável, pois a metodologia e as mentorias te desafiam não só como profissional, mas como pessoa. Além disso, pude aprender diversas ferramentas que me ajudaram na vida profissional. Na questão pessoal, a Liga contribuiu de várias formas, entre elas na autoliderança, resiliência e autoconfiança.

Os guardiões do programa são voluntários e atuam em média 6h semanais nas ações do programa, que conta também com mentores voluntários que acompanham os estudantes na jornada pelo ecossistema. A turma de 2024, por exemplo, contou com 12 dos 19 guardiões atuando no mercado. “Estar na Liga tem amplificado minha capacidade de liderança, trazendo lições como saber ouvir os liderados e conciliar as necessidades das pessoas com os objetivos a serem alcançados”, destaca Arthur Lucena, estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Udesc Joinville, que atua como líder de visitas na Liga Ágora e que foi contratado pela Prefeitura Municipal de Joinville. 

Para alguns participantes, participar do dia a dia de um ecossistema de inovação traz aprendizados muito além da formação profissional. “Eu costumo brincar que a Liga Ágora mudou minha perspectiva e acabei me descobrindo. Hoje curso Química, mas entendi que não é isso que eu quero na vida. Pretendo descobrir coisas novas para fazer e novos locais para atuar”, comenta a estudante Mariana Isabeli Gencio, que chegou ao programa sem nenhuma experiência no mercado de trabalho e, um ano e meio depois, já passou pela startup Meu Replay e, atualmente, faz parte do time de Onboarding da CRMBonus (scale-up avaliada em mais de R$ 2 bilhões) em Joinville. 

A Liga Ágora também tem gerado novas lideranças, como o egresso da turma de 2023 e hoje coordenador do programa no Ágora Tech Park, Vinicius Takeo. “Desenvolver o programa tem sido uma experiência muito desafiadora. Temos cerca de 30 voluntários atuando em atividades-chave do parque tecnológico e mentores auxiliando-os em um programa de desenvolvimento interno, no qual os guardiões passam por uma capacitação para trabalhar suas soft skills mais deficientes, com o objetivo final de direcioná-los para o mercado”, explica Takeo. 

Turma 2023 da Liga Ágora

Na Meu Replay, startup que disponibiliza gravações esportivas de forma automatizada, Mariana foi a responsável por estruturar o processo de Customer Success (CS), que a empresa não tinha. E recentemente chegou à CRMBonus por indicação da mentora da Liga Ágora (e ex-coordenadora) Sarah Tonin, que também atua no onboarding da scale-up. Mariana destaca que a experiência na Liga foi transformadora: “atuei nos squads de comunicação, cultural, visitas e ajudei a criar eventos como o Liga Day. Sou muito fã desse projeto, aprendi muita coisa lá dentro”.

MENTORES AJUDAM NO DESENVOLVIMENTO DOS GUARDIÕES

Um dos principais benefícios ofertados aos guardiões que participam do programa, é o acompanhamento de um mentor. Durante o ciclo, cada guardião é “apadrinhado” por um profissional experiente do mercado. Um dos projetos que nasceu a partir das mentorias do programa é a Feira Quest, organizada pela Liga Ágora e que reuniu em novembro de 2024 30 projetos de ciência de oito instituições de ensino na região. 

Os próprios mentores ressaltam o impacto de participar da Liga, como destaca Milena Moser, product manager da Futuriza: “foi uma experiência única e profundamente reflexiva. Além de me aproximar da Geração Z e aprender com suas percepções de mundo, enxerguei na minha mentorada reflexos da minha própria jornada, compartilhando com ela desafios que também enfrentei nessa fase da vida. Sua evolução foi impressionante e ver esse ambém reforçou em mim a importância do impacto que uma mentoria pode ter”. 

Para o atual coordenador, a Liga vem se consolidando como um programa “cada vez mais autônomo e orgânico dentro do parque, onde os próprios guardiões se auto organizam nas atividades que desempenham e o papel do parque passa a ser de facilitador e apoio. No final é muito recompensador poder acompanhar o desenvolvimento desses talentos por aqui”, conclui Takeo.

O QUE MUDA NA EDIÇÃO 2025

Para se tornar cada vez mais robusta, a edição 2025 da Liga Ágora traz algumas novidades:

  • Redução no número de guardiões e criação de banco de espera: serão 10 guardiões da universidade e 5 guardiões do Bonja. Por meio do banco de talentos, quando um guardião for direcionado para o mercado, deixará a oportunidade de outro entrar no programa.
  • Participação obrigatória em jornadas de empreendedorismo: para se “graduar” um guardião deve vivenciar pelo menos uma jornada de empreendedorismo (JEDI, SW, Nascer ou outro programa de ideação/pré-incubação).

A cada mês, os guardiões devem ter pelo menos um encontro mensal com seus mentorados, o que contabiliza pontos em uma gamificação interna. Além da sua participação nos treinamentos mensais, que acontecem uma vez ao mês, em um sábado pela manhã. Os treinamentos desse ano envolvem uso de IA Generativa no dia-a-dia, oratória e comunicação, gestão de projetos e tempo, educação financeira, inteligência emocional, entre outras.

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