Scienco Biotech, de Lages, desenvolve testes rápidos para otimizar produção de leite

Startup incubada no Orion Parque cria tecnologia para aumentar eficiência e reduzir desperdícios no setor agropecuário. / Foto: Divulgação


[LAGES, 13.02.2025]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

A Scienco Biotech, startup incubada no Orion Parque Tecnológico, centro de inovação de Lages (serra catarinense), está desenvolvendo dois testes rápidos voltados para a produção de leite, com o objetivo de melhorar a qualidade e reduzir desperdícios no setor agropecuário. O primeiro teste identifica vacas com a proteína B, que aumenta em até 30% o rendimento na produção de queijos. O segundo teste detecta resquícios de antibióticos no leite, evitando descartes desnecessários e garantindo a segurança da produção.

O projeto conta com recursos captados em editais de fomento à inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do programa Impulsiona SC, do Governo de Santa Catarina, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (FAPESC). A startup tem três anos para desenvolver a tecnologia voltada à testagem de proteínas e um ano para concluir o projeto de detecção de antibióticos.

“As pequenas propriedades têm dificuldade em acessar tecnologia para otimizar a produção de queijo. Com esse teste, o próprio produtor poderá direcionar os animais e aumentar a eficiência da produção, além de reduzir o impacto ambiental”, explica Maria de Borba Magalhães, CEO da Scienco Biotech.

A tecnologia funciona de maneira semelhante a um teste de gravidez, utilizando uma pequena amostra de leite para análise imediata. Além dos testes rápidos, a startup está desenvolvendo um aplicativo para registrar e monitorar os resultados, permitindo que os produtores tomem decisões estratégicas sobre o rebanho e a produção.

O projeto conta com a parceria da Associação de Produtores de Queijo Artesanal de Santa Catarina, que apoiará os estudos em pequenas propriedades do estado para validar o processo. A startup busca transformar conhecimento acadêmico em soluções aplicáveis ao mercado, destacando a importância de centros de inovação na conexão entre pesquisa e negócios.

Maria ressalta que a falta de incentivo ao empreendedorismo acadêmico no Brasil impacta a competitividade do setor. “Países que investem na transferência de tecnologia e no empreendedorismo acadêmico aceleram o desenvolvimento de inovações. Se não estimulamos isso internamente, continuamos dependentes de tecnologia importada, enfrentando desafios de custo e logística”, afirma.

Um dos papéis fundamentais do Centro de Inovação é criar conexões com as universidades da região que desenvolvem pesquisas acadêmicas, idealizando novos negócios que podem surgir a partir das necessidades identificadas por meio das pesquisas e fomentando discussões sobre as temáticas estudadas. 

“O aplicativo nós estamos desenvolvendo com uma empresa daqui do Centro de Inovação, as patentes e registro de marca estamos fazendo com uma empresa que está aqui, temos parceria com uma empresa que está no terceiro andar daqui, trabalhando novas tecnologias. Hoje somos uma empresa com diversos projetos encaminhados, mas ainda não estamos prontos para ter uma sede isolada, precisamos desse ecossistema para colocar tudo isso em prática e nós esperamos que nos próximos anos nós cresçamos o suficiente para ser uma apoiadora também”, resume Maria. 

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