Chef Adriano Kanashiro abre restaurante japonês Kureiji – 15/02/2025 – Restaurantes


Depois de passar quase uma década longe do Brasil, liderando restaurantes em Gana, o chef Adriano Kanashiro retorna à cena gastronômica de São Paulo. É possível encontrar o paranaense de origem japonesa atrás do sushibar do Kureiji, que ele abriu na semana passada nos Jardins.

Kanashiro é um dos pioneiros da gastronomia japonesa contemporânea no Brasil. Ele comandou restaurantes como o Momotaro e o By Aoyama, até surgir um convite para trabalhar no país africano, em 2014. Decidiu voltar à terra natal já com um nome na cabeça: “kureiji”, como os japoneses pronunciam “crazy”.

Juntou-se ao sócio Reinaldo Queija (ex-Cia. Tradicional do Comércio) na nova casa, onde mantém sua marca e apresenta uma culinária japonesa que foge da tradicional e celebra a miscigenação de culturas, mesclando ingredientes brasileiros, sobretudo amazônicos.

As invenções do chef começam logo no couvert. Ele serve pão, incomum nas casas japonesas, feito por lá com sabor que varia. O macio shokupan pode ser levemente apimentado, acompanhado por manteiga de nirá com shissô e pasta de tofu de missô (R$ 17).

Na ala quente, o baozi (bao fechado) é prensado com manteiga de garrafa, recheado com costela bovina e molho teriyaki e servido sobre crocante de tapioca e flocos de arroz (R$ 44).

O chef usa a mesma manteiga de garrafa para tostar o arroz usado no sushi, temperado com um toque de tucupi. Além disso, os sushis não chegam enrolados: são servidos numa cumbuca com o arroz por baixo e o peixe por cima. Uma sugestão nessa linha une mapará, peixe do Norte, e unagui, enguia japonesa, mais queijo da Serra da Canastra, finalizado com o maçarico (R$ 35).

Esqueça o shoyu para regar, as pedidas vêm com temperos fora do óbvio. Aparece em várias delas o kimchi, receita da família de sua mulher, coreana.

A carta de coquetéis, assinada por Ricardo Barrero (Paradero 52), mantém a pegada. O nipo gimlet (R$ 46) ganha um toque azedinho ao combinar wasabi e cambuci com gim.

O salão comporta 31 clientes, e a graça é ficar no balcão de bambu e cadeiras de balanço, emoldurado por uma releitura do tori, típico portal japonês. A refeição, ali, é à gosto das criações de Kanashiro no dia.



Source link

Adicionar aos favoritos o Link permanente.