PGR inclui blitze da PRF nas eleições de 2022 em plano de golpe


A Procuradoria-Geral da República (PGR) incluiu, na denúncia de tentativa de golpe de Estado, apresentada nesta terça-feira (18), as blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizadas no segundo turno da eleição presidencial de 2022.

À época, mais de 2 mil ônibus foram parados no Nordeste em bloqueios da PRF. A região concentrava maior vantagem eleitoral para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PGR, seguindo o inquérito da Polícia Federal, as blitze da PRF tinham a intenção de evitar que os eleitores de Lula chegassem aos locais de votação e, dessa forma, manter Bolsonaro na Presidência.

“Os denunciados com posições profissionais relevantes gerenciaram as ações elaboradas pela organização. SILVINEI VASQUES, MARÍLIA FERREIRA DE ALENCAR e FERNANDO DE SOUSA OLIVEIRA coordenaram o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de JAIR MESSIAS BOLSONARO no poder”, diz o documento assinado por Paulo Gonet.

Silvinei Vasques, denunciado, era diretor-geral da PRF na gestão Bolsonaro. Marília Alencar ocupava o cargo de diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Anderson Torres. E Fernando Sousa era o diretor de Operações da pasta.

Segundo a denúncia, com base em documentos e mensagens trocadas entre os investigados, um plano foi montado para que os bloqueios fossem realizados nas cidades onde Lula havia obtido mais de 75% dos votos no primeiro turno.

Essa investigação da PF foi finalizada e enviada em dezembro à PGR, que juntou esse elemento na trama golpista já apontada pela Polícia Federal em outra frente, enviada em julho passado.

A CNN aguarda as manifestações das defesas dos denunciados. Em ocasiões anteriores, todos negaram qualquer trama de golpe.



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