O Grande Debate: Qual é o futuro do Bolsonaro após denúncia da PGR?


Os comentaristas José Eduardo Cardozo e Caio Coppolla discutiram, nesta terça-feira (18), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), qual será o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A PGR atribui a Bolsonaro os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, a denúncia foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes. Esta é a primeira vez que Bolsonaro é denunciado criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal (STF) desde que se tornou presidente.

Para Caio Coppolla, a denúncia já era prevista e o “fio condutor da narrativa do golpe” que versa sobre os ataques ao sistema eleitoral brasileiro não deve ser confundido com as críticas.

“Falando sobre o futuro político do ex-presidente Bolsonaro, eu acredito que está tudo dentro do que estava previsto. Era evidente que haveria uma denúncia e que ela teria um teor muito similar ao relatório da Polícia Federal, o relatório de 900 páginas”, afirmou o comentarista.

“O segundo ponto a ser observado é que o fio condutor da narrativa do golpe seria um ataque ao sistema eletrônico de votação”, adicionou Coppolla. “Acontece que existe uma confusão tremenda do que seria atacar o sistema eletrônico de votação e criticá-lo. Que eu saiba, isso aqui ainda é uma democracia e esse ainda é um direito”.

Já Cardozo acredita que a denúncia da PGR mostra um claro ataque ao sistema eleitoral e tem consistência jurídica.

“[O documento] mostra claramente um ataque ao sistema, um ataque ao sistema eleitoral, e a vinculação disso a um plano golpista”, disse Cardozo. “A denúncia tem consistência, fática e jurídica, e eu aconselho que todos os brasileiros a leiam”.

“O plano golpista está alicerçado em documentos, em mensagens, em planos de assassinatos, em um conjunto de ações arrefecedoras”, finalizou.



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