PL faz seminário com Bolsonaro e Valdemar sobre comunicação nas redes

O Partido Liberal (PL) iniciou nesta quinta-feira (20) o “1º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal”. O evento, fechado para a imprensa, ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e se estenderá até esta sexta-feira (21).

Entre os participantes estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, além de prefeitos, vereadores, deputados e futuros candidatos da sigla.

O objetivo do seminário é definir estratégias para ampliar a presença do partido nas redes sociais, visando fortalecer a comunicação digital para as eleições de 2026. Para isso, representantes de grandes empresas de tecnologia, como Google, X (antigo Twitter) e Kwai, estão presentes no evento.

Banners espalhados pelo local destacam a parceria entre o PL e as plataformas digitais. Frases como “O Partido Liberal e as big techs unidos pela liberdade de expressão” e “As maiores big techs do mundo com o maior partido do Brasil” reforçam a aproximação entre o partido e as redes sociais.

Na abertura do seminário, Valdemar Costa Neto destacou a importância do trabalho dos influenciadores digitais ligados ao partido, elogiando seu impacto na divulgação das ideias do PL. Ele pediu uma salva de palmas para o ex-presidente e afirmou que foi Bolsonaro que uniu a direita e que é preciso se manter unida “por ele”. “Foi ele que nos uniu e é por ele que seguimos e seguiremos juntos”, disse Valdemar.

Ao discursar no evento, Bolsonaro disse não ligar para uma eventual prisão, após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de golpe.

“Poderia continuar vendo o meu país se se deteriorar, se acabar, se afundar, um país onde se rouba a esperança do seu povo. (…)O tempo todo, vamos prender o Bolsonaro! Caguei para a prisão!”, declarou o ex-presidente em um pequeno trecho de um vídeo publicado nas redes sociais.

O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS) afirmou no encontro que o partido tem “muitas e profundas diferenças com a esquerda” , e destacou que a diferença “mais clara e evidente” é a “defesa intransigente da liberdade de expressão e a luta contra a censura”.

“Enquanto o PL chama as plataformas digitais para dividir seus conhecimentos e práticas com nossos correligionários, o governo federal e o STF trabalham no sentido inverso. Querem implementar uma rígida regulação das redes sociais para censurar e calar milhares de vozes que estão se levantando contra a perseguição das lideranças conservadoras. A rede social é a nossa pública na luta contra a dominação e o abuso de poder”, declarou Zucco.

A programação do evento inclui debates sobre o uso das redes sociais para impulsionar as campanhas de 2026, além de métodos de ampliação do alcance dos candidatos. Especialistas da área digital apresentarão estratégias de comunicação e engajamento, explorando o papel dos influenciadores alinhados ao partido na disseminação de mensagens políticas.

A interação entre grandes plataformas e partidos políticos já se mostrou um fator determinante em eleições recentes. Em 2024, a campanha presidencial dos Estados Unidos foi marcada pelo apoio de figuras influentes no setor de tecnologia ao então candidato Donald Trump, como Mark Zuckerberg (Facebook e Instagram) e Elon Musk (X).