Bolsonaro recua e diz que exagerou ao falar “caguei” para prisão



Um dia após minimizar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou o tom e disse ter exagerado ao falar “cagou” para uma eventual prisão por suposta tentativa de golpe de Estado.

“Ontem eu exagerei um pouquinho, falando que estava assim para uma possível prisão. Exagerei um pouco, mas você exagera de vez em quando para mostrar que somos de carne e osso e a verdade vem nesses momentos”, declarou Bolsonaro no encerramento do 1º Seminário Nacional de Comunicação do PL, em Brasília.

A PGR denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O ex-mandatário nega ter participado da suposta trama golpista.

Na quinta (20), Bolsonaro disse que não há nada contra ele na denúncia da PGR, apenas narrativas. “Para mim, seria muito mais fácil estar do outro lado junto, com a dona Michelle, aproveitando a vida. Mas não poderia continuar vendo meu país se deteriorar, se acabar, se afundar. Um país onde se rouba esperança do povo. O tempo todo [é] ‘vamos prender o Bolsonaro’. Caguei para a prisão”, afirmou ao participar do mesmo evento.

Carlos Bolsonaro chora e diz que sua família vive momento “desumano”

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, chorou nesta sexta-feira (21) ao dizer que o Brasil “não vive mais uma democracia” e que sua família passa por um momento “desumano”.

“Desculpa estar emocionado do jeito que eu estou. O momento que a gente vive é delicado, é covarde. Eu não desejo isso para ninguém na vida, nem para uma pessoa que tenha posição política diferente da gente. O que está acontecendo com meu pai, com a família, é desumano. Mas bola para frente”, relatou Carlos durante o evento do PL.

Ele ainda relembrou a disputa da eleição de 2020 contra a própria mãe, Rogéria Nantes, para a Câmara do Rio. Na ocasião, Carlos foi eleito vereador com 17 anos. “Comecei minha carreira política com 17 anos. Confesso que não sabia onde estava me metendo. [Comecei] simplesmente porque amava uma pessoa [Jair Bolsonaro], fiz uma tatuagem no meu braço com 17 anos de idade”, disse.

“Significante isso, e ele me deu a oportunidade de ser candidato a vereador na cidade do Rio de Janeiro em uma separação com minha mãe. Separação traumática, sim, não vou enganar os senhores, mas bem diferente do que a BBC e CNN colocam na suas telinhas”, acrescentou o “zero dois”.



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