“Metamorfose” chega a Goiânia para experiência imersiva

No dia 28 de fevereiro, o Teatro IFG recebe, em apresentação única, o espetáculo “Metamorfose”, criação solo de Gustavo Silvestre que transita entre dança, teatro e audiovisual. Inspirado na obra homônima de Franz Kafka, o espetáculo aborda a experiência de um ser que desperta sem reconhecer seu próprio corpo, enfrentando desafios de mobilidade e comunicação. A montagem investiga os confrontos entre identidade e opressão, explorando arquétipos e estruturas de poder. A apresentação acontece às 20h, com entrada gratuita mediante retirada de ingressos pelo Sympla.

A peça, que já percorreu diversas cidades brasileiras e recebeu o prêmio de júri popular no Festival Imaginarius, em Portugal, foi o único espetáculo do Brasil convidado para o Buffer Fringe Festival, no Chipre. Segundo Gustavo Silvestre, a obra propõe um mergulho na transição entre o humano e o inumano. “É uma jornada física e emocional, onde corpo e mente precisam se reorganizar para sobreviver a um mundo que não aceita a diferença”, afirma o artista.

Com direção de João Bosco Amaral, “Metamorfose” utiliza elementos visuais e sonoros para criar uma experiência sensorial imersiva. A trilha sonora original de Rodrigo Flamarion, a iluminação de Amaral e o figurino assinado por Cláudio Livas contribuem para o clima onírico e perturbador da encenação. Além disso, a montagem faz uso de projeções audiovisuais para ampliar as percepções sobre transformação e desajuste.

Gustavo Silvestre, que já integrou companhias como Quasar Cia de Dança e Cia Mário Nascimento, vem consolidando sua trajetória solo em importantes festivais internacionais. Além de “Metamorfose”, em 2024 ele estreou seu novo trabalho, “Cosmos Colapso”. Sobre a experiência de levar a peça para diferentes públicos, ele destaca: “Cada apresentação é única porque cada plateia traz novas camadas de significado à história.”

Realizado com recursos do Programa Goyazes, do Governo de Goiás, com patrocínio da Catral e Hidráulica Brasil, “Metamorfose” chega a Goiânia como parte da circulação nacional do espetáculo. A montagem, que já passou por cidades como Brasília, Palmas e Belo Horizonte, agora se apresenta ao público goiano com a promessa de uma imersão sensorial e filosófica sobre os limites do corpo e da identidade.

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