Com dívida bilionária, Vasco pede recuperação judicial – 24/02/2025 – Painel S.A.


O Vasco da Gama decidiu entrar em recuperação judicial e apresentar o pedido à Justiça nesta segunda (24). O time carioca opera como uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e vinha, desde junho, tentando uma reestruturação de uma dívida que ultrapassa R$ 1 bilhão. Para isso, o clube contratou o escritório Alvarez & Marsal para assessorá-lo no processo.

Se aprovada, a recuperação judicial acontece em meio a negociações para a venda da SAF do Vasco, após a Justiça carioca afastar o grupo americano 777 do controle da sociedade.

A diretoria do Vasco afirma que a recuperação judicial é fundamental para restabelecer a saúde financeira do time.

Como parte do processo, os salários dos profissionais e atletas e demais despesas serão pagos em dia. Investimentos também terão prioridade.

“Decisões difíceis, mesmo quando amargas e impopulares, não diminuem a convicção e determinação da atual administração de enfrentar esse desafio de maneira firme e responsável. Ou se encara a realidade, ou corre o risco de seguir repetindo os mesmos erros do passado”, disse o clube ao Painel S.A., em nota.

História da crise

Desde que se tornou uma SAF, em setembro de 2022, a crise do Vasco se acentuou. Dentro de campo, após dois anos seguidos na série B, o time perigou cair novamente e escapou de ser rebaixado por erros de seus adversários, após passar a maior parte do Campeonato Brasileiro correndo esse risco.

Em 2024, a situação do futebol vascaíno melhorou, mas a crise financeira aumentou, o que levou a direção a entrar em uma briga judicial contra o controlador do time, o 777 Partners.

Os dirigentes do clube passaram a acusar o 777 de quebra de contrato, já que estavam previstos aportes anuais no Vasco, mas um deles só foi feito após o limite de prazo, comprometendo a segurança financeira do time, segundo a direção.

No exterior, o noticiário sobre o 777 também não é positivo. Em maio do ano passado, a Bloomberg noticiou que a companhia era alvo de um processo por, supostamente, fazer um empréstimo de US$ 350 milhões e ter dado por garantia fundos inexistentes.

Com Stéfanie Rigamonti


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