Whisk, IA do Google que cria imagens, chega ao Brasil – 25/02/2025 – #Hashtag

O Google disponibilizou no Brasil sua inteligência artificial geradora de imagens, o Whisk. A ferramenta se diferencia das principais concorrentes ao permitir criações visuais baseadas no envio de imagens de referência, sem a necessidade de instruções detalhadas por texto.

Basta aos usuários adicionar imagens representando assunto, cenário e estilo, que a IA consegue transformá-las em uma única criação. Caso deseje refinar as ideias ou “começá-las do zero”, ou seja, sem as imagens de base, pode-se utilizar comandos textuais.

O Whisk é gratuito e está disponível no Brasil e em mais de cem outros países desde o dia 11 de fevereiro, dois meses após o lançamento nos Estados Unidos. No site oficial, o serviço ainda é escrito com “experimental” e, por enquanto, os comandos de texto estão disponíveis apenas em inglês.

A tecnologia por trás do serviço combina o sistema de inteligência artificial Gemini com o modelo generativo de imagens Imagen 3. O funcionamento ocorre em duas etapas: primeiro, o Gemini analisa as imagens enviadas pelo usuário e gera uma descrição detalhada; em seguida, o Imagen 3 utiliza essas informações para criar uma nova imagem baseada no conteúdo original, mas com alterações estilísticas.

De acordo com o Google, o objetivo do Whisk não é produzir cópias exatas de personagens ou locais reconhecíveis, mas sim captar a “essência” dos temas apresentados e reinterpretá-los em imagens estilizadas. A empresa enfatiza que a ferramenta tem um viés mais criativo e lúdico, numa aparente tentativa de se afastar da seara das imagens ultrarrealistas e das deepfakes, uma abordagem distinta de concorrentes como a IA Grok, da plataforma X.

A interface inicial do Whisk, por exemplo, tem um design cartunesco e incentiva os usuários a criar imagens a partir de modelos de bichinhos de pelúcia, adesivos e broches. Além disso, o sistema evita a geração de imagens que reproduzam a aparência de figuras públicas, como a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou do presidente Lula (PT), mesmo quando solicitada manualmente por meio de texto.

Nas tentativas feitas pela reportagem, a ferramenta apresentou resultados que apenas remetiam aos personagens e locais solicitados, alterando características como tonalidade, traços faciais ou penteado.

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