Livro não comprova que vacina da Pfizer tenha causado mortes


Como o Comprova já mostrou, os documentos da Pfizer “afirmam, sim, que 1.223 pessoas que se vacinaram morreram entre a autorização do uso emergencial da vacina pela FDA ,o que ocorreu em 10 de dezembro de 2020, e 28 de fevereiro de 2021, mas não relacionam esses óbitos à vacina”. Ou seja, os dados podem incluir, por exemplo, pessoas que morreram de uma condição médica que já existia antes de se imunizarem.

O Estadão Verifica publicou, em junho de 2023, que, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, não havia nenhuma morte relacionada à vacina da Pfizer. Além disso, a segurança dos imunizantes continua sendo monitorada por órgãos regulatórios e os produtos seguem sendo recomendados.

Outra afirmação infundada do livro é que o imunizante prejudica o sistema reprodutor, causando abortos. Novamente, como o Comprova já publicou, os dados usados para se chegar à tal conclusão não permitem afirmar que houve uma relação de causa e efeito entre a vacina e as mortes. Mulheres ficam mais suscetíveis a infecções respiratórias na gravidez, por isso a vacinação é importante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que gestantes recebam três doses da vacina, além de uma dose de reforço dentro de seis meses após a última dose.

O post engana também ao afirmar que Naomi Wolf, autora do livro, é jornalista do The New York Times. A referência que ela mesma coloca em seu perfil no X sobre o veículo norte-americano é ter tido oito livros na lista dos mais vendidos da publicação. Entre suas obras mais famosas está “O Mito da Beleza”, de 1990. Na pandemia, se tornou uma ativista antivacina. Em 2021, chegou a ser banida do então Twitter (hoje X) por propagar desinformação acerca dos imunizantes.

Contatada pelo Comprova, a Pfizer reforçou que sua vacina é segura e eficaz dizendo que ela foi aprovada por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o FDA e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) após “avaliações robustas e independentes, a partir de dados científicos sobre qualidade, segurança e eficácia, incluindo nosso estudo clínico de fase 3”. Afirmou ainda que “dados de estudos de mundo real complementam as informações dos estudos clínicos e proporcionam evidência adicional de que a vacina fornece proteção eficaz contra formas graves da doença”.

Por fim, a farmacêutica afirmou que, “até o momento, já distribuiu mais de 4,8 bilhões de doses da vacina ComiRNAty, em mais de 183 países, e não há qualquer alerta de segurança, de modo que o benefício da vacinação permanece se sobrepondo a qualquer risco”.





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