EUA: Musk participa de 1ª reunião do gabinete de Trump – 26/02/2025 – Mundo


Elon Musk, o bilionário conselheiro encarregado de reduzir radicalmente as despesas do governo dos Estados Unidos, vai participar da primeira reunião do gabinete do presidente Donald Trump nesta quarta-feira (26), enquanto a turbulência continua em torno de seus planos de demitir trabalhadores federais.

O encontro ocorre em meio a uma disputa entre a dupla Musk e Trump e autoridades do governo dos EUA em um teste inicial da autoridade do bilionário.

Musk não é um membro do gabinete, mas ninguém no círculo do presidente exerceu mais influência nas primeiras semanas de governo Trump.

A ordem de Musk para que todos os funcionários federais detalhem suas realizações, sob ameaça de demissão em caso de recusa, levou ao caos no governo, com algumas agências obedecendo, enquanto outras ignoravam.

Mesmo depois de o Escritório de Administração de Pessoal dos EUA, a agência que supervisiona a burocracia federal, ter dito aos trabalhadores que não precisavam responder à mensagem de Musk, Trump e seus aliados pareciam sugerir que os trabalhadores estariam melhor se cumprissem os desejos de Musk.

No sábado (22), Musk disse que os trabalhadores federais devem listar cinco coisas que fizeram durante a semana ou correr o risco de demissão e deu a eles um prazo de 48 horas para responder por email.

Na terça (25), Musk continuou pressionando nas redes sociais para que os trabalhadores respondessem. Ele aparentemente foi ajudado nesse esforço por Trump, que disse a repórteres naquele dia que o pedido de email era “um pouco voluntário, mas também se você não responder, acho que você será demitido”.

Quando questionada se a ameaça de Musk seria cumprida, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump seguiria a orientação dos secretários do gabinete para suas forças de trabalho individuais.

Alguns secretários do gabinete, como Kelly Loeffler, chefe da Administração de Pequenas Empresas, apoiaram a exigência de Musk. “Só queremos saber: há pessoas lá fazendo seus trabalhos? E novamente, o padrão é tão baixo que é risível”, disse Loeffler à Fox News em uma entrevista na terça-feira.

Mas outros, incluindo os leais a Trump, como Kash Patel, o novo chefe do FBI, disseram a seus funcionários para aguardar antes de responder.

Enquanto a disputa se desenrolava, 21 trabalhadores renunciaram ao chamado Departamento de Eficiência Governamental de Musk em protesto na terça.

“Não usaremos nossas habilidades como tecnólogos para comprometer sistemas governamentais essenciais, colocar em risco os dados sensíveis dos americanos ou desmantelar serviços públicos críticos”, escreveram os funcionários em uma carta de renúncia postada online.

A iniciativa de redução de pessoal de Musk levou a mais de 20 mil trabalhadores demitidos, com outros 75 mil aceitando pacotes de rescisão, e o esforço continuou a se acelerar. Há cerca de 2,3 milhões de funcionários civis federais.

A grande maioria dos trabalhadores demitidos estava em seus empregos por menos de um ano, o que os tornava mais fáceis de serem dispensados de acordo com as regras do serviço civil. Mas havia sinais de que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) estava voltando sua atenção para funcionários de carreira de longo prazo.

O Serviço de Receita Interna enfrenta novos cortes de empregos além dos quase 12 mil já planejados, incluindo 7.000 funcionários em fase de testes e 5.000 que aceitaram rescisão, totalizando mais de 10% da força de trabalho.

O Departamento do Interior recebeu uma diretiva do Escritório de Gestão de Pessoal para que pastas como o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA e o Bureau de Assuntos Indígenas preparem planos para reduzir sua força de trabalho entre 10% e 40%.

Musk passou a terça criticando juízes federais que impediram sua equipe de acessar sistemas e dados sensíveis de diversos departamentos do governo, como Tesouro. “O único caminho para restaurar o Estado de direito nos Estados Unidos é impugnar juízes”, escreveu no X. “Ninguém está acima da lei, incluindo juízes.”



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