Indicação de petista para vaga de Padilha dividem aliados de Lula

A consequência da realocação do ministro Alexandre Padilha, que deixou a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para chefiar o Ministério da Saúde, após a demissão de Nísia Trindade, tem gerado divergências entre os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Uma ala de ministros e congressistas da base petista enxergam um erro de Lula manter o ministério nas mãos do PT. Isso porque o presidente precisa do apoio do Congresso Nacional até o fim de 2026 para garantir a governabilidade e o avanço de projetos de interesse do Executivo. Para esses aliados, Lula – que já enfrenta baixa popularidade – deve abrir espaço para o Centrão na vaga de Padilha.

A defesa é o meio termo. Um político que represente o Centrão, mas que também seja alinhado ao Planalto. O líder do MDB na Câmara, o deputado Isnaldo Bulhões (AL) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), representam o perfil desejado por aqueles que veem necessidade de abrir espaço para os partidos de centro.

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Por outro lado, uma ala defende a manutenção de um petista na SRI. Para esses, Lula deve escolher um entre os favoritos para assumir o ministério, que atualmente são a deputada e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o deputado e líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). A ideia de ter um correligionário substituindo Padilha agrada mais o presidente. 

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