Militares brasileiros viralizam com funk na Ucrânia – 03/03/2025 – Você viu?


São Paulo

Brasileiros estão viralizando em um vídeo onde aparecem se preparando para uma missão do Exército ucraniano. A gravação, publicada nas redes sociais, mostra os militares vestindo trajes, organizando seus equipamentos e ouvindo músicas com letras de apologia ao tráfico de drogas e ao crime.

O F5 conversou com Rafael Santos, 33 anos, um dos brasileiros que aparecem nas imagens. Natural de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, ele é ex-militar da Brigada Paraquedista do Exército Brasileiro e desde 2023 atua como voluntário na Ucrânia.

“Sempre que estamos nos preparando para uma missão, temos um momento de descontração ouvindo música. Escutamos funk para animar a tropa, pois é um momento de tensão — a gente vai sem saber se volta”, contou Rafael. Segundo ele, a missão gravada no vídeo ocorreu em janeiro deste ano.

O vídeo divulgado nas redes rapidamente ganharam repercussão e acumulam mais de 100 mil visualizações. Nos comentários, o conteúdo gerou reações dos seguidores. “Carioca como sempre fazendo besteira, mas dessa vez internacional”, criticou Erivan Andrade. Outros defenderam os brasileiros. “Na guerra, qualquer forma de distração do sofrimento é bem-vinda. Se eles estão felizes, ok”, escreveu Daniel Santos.

Rafael Santos e Ygor Jardim, outro brasileiro presente nas imagens, compartilham suas rotinas de treinamentos e detalhes de como é ser voluntário na Ucrânia. Em outro vídeo de cinco dias atrás, a dupla aparece dentro de um carro, armados, enquanto escutam funk novamente.

Sobre as críticas ao estilo de música na rotina militar, ele rebate: “Isso é puro preconceito. Muitos artistas cantam a realidade em que vivem, e não vejo problema nisso.”

“Sempre tive vontade de atuar internacionalmente. Quando surgiu a oportunidade na Ucrânia, que acompanhei desde o início da guerra, vendo as injustiças, decidi ir”, afirma Rafael. Ele embarcou ao lado de um grupo de brasileiros que conheceu pela internet.

Atualmente, o militar está sediado em Kiev, capital da Ucrânia, onde atua em missões, onde pode permanecer por semanas ou meses. “Temos um grupamento só de brasileiros. No momento, somos nove. Antes eram doze, mas três saíram porque não aguentaram a realidade da guerra”, revelou.

Ao ser questionado sobre a repercussão do vídeo, diz que não esperava tanta atenção. “Acho que viralizou por conta das páginas que compartilharam. Mas sempre escutamos funk, não foi nada novo”, explicou. Por fim, afirma que já está acostumado com os comentários negativos, “Sempre tem quem defenda e quem critique. Não tem jeito”, concluiu.



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