Erro do Citi quase enviou US$ 35,5 bilhões para cliente – 04/03/2025 – Mercado


O Citigroup Inc. quase transferiu cerca de US$ 6 bilhões (R$ 35,5 bilhões) para a conta de um cliente por acidente, depois que um funcionário responsável pela transferência copiou e colou o número da conta no campo destinado ao valor em dólares.

O erro quase catastrófico ocorreu no setor de gestão de patrimônio do Citigroup e multiplicou o valor pretendido por mais de mil vezes, sendo detectado no próximo dia útil, de acordo com pessoas familiarizadas com o caso. O incidente aconteceu em abril, no mesmo mês em que outra parte do banco acidentalmente creditou US$ 81 trilhões a outro cliente.

O erro da divisão de gestão de patrimônio foi comunicado aos reguladores e, dentro dos escritórios do Citigroup, causou frustração audível por parte de Andy Sieg, que havia chegado poucos meses antes para chefiar a unidade, de acordo com pessoas que pediram anonimato para discutir informações privadas.

Os executivos estavam no meio de discussões com superiores e reguladores sobre como abordar o ocorrido quando souberam do erro muito maior, o que proporcionou a alguns gerentes um certo alívio amargo.

A empresa desde então implementou uma ferramenta em toda a companhia para ajudar a verificar grandes pagamentos e transferências anômalas, disseram algumas das pessoas.

Em um comunicado, o Citigroup afirmou que “identificou e corrigiu prontamente este erro de digitação, que não teve impacto no banco nem no nosso cliente. Além disso, implementamos medidas preventivas aprimoradas, alinhadas aos esforços contínuos do Citi para eliminar processos manuais e automatizar controles.”

Os incidentes destacam a luta contínua do Citigroup para melhorar seus controles de risco, depois que a empresa foi multada e sujeita a restrições regulatórias devido a sistemas deficientes. Em janeiro, a CEO Jane Fraser reduziu uma meta de lucratividade importante, em parte porque o banco precisava gastar mais dinheiro em sua “transformação”, um plano que visa reformular operações e tranquilizar os reguladores.

Para os executivos da área de gestão de patrimônio, o erro trouxe à tona lembranças do notório incidente do Revlon Inc. em 2020, quando o banco transferiu acidentalmente mais de $900 milhões para credores da empresa de cosméticos, conforme algumas das fontes. O dinheiro foi recuperado mais de dois anos depois, por meio de uma longa batalha judicial.

Ainda assim, neste caso —assim como no crédito de $81 trilhões, que foi reportado pela primeira vez pelo Financial Times na semana passada— o erro estava relacionado a uma tentativa de transferência de fundos entre contas internas, o que reduziu o risco para o banco.

No caso maior, o erro foi detectado cerca de 90 minutos depois, de acordo com o FT, e foi tão grande — superando os ativos totais da empresa — que os fundos não poderiam ter saído. O processo no centro desse incidente foi totalmente automatizado desde então, segundo outra pessoa com conhecimento do caso.



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