Síria: Presidente interino pede “unidade nacional” no país – 09/03/2025 – Mundo


O líder sírio Ahmed Sharaa pediu paz neste domingo (9), após milhares de pessoas morrerem em áreas costeiras no pior episódio de violência sectária desde a queda de Bashar al-Assad na Síria.

“Precisamos preservar a unidade nacional e a paz interna, podemos conviver juntos”, disse Sharaa, presidente interino, enquanto os confrontos continuavam entre forças ligadas aos novos governantes islamistas e combatentes da seita alauíta de Assad.

“Fiquem tranquilos quanto à Síria, este país tem as características para sobreviver”, declarou Sharaa em um vídeo divulgado, falando em uma mesquita no bairro de Mazzah, em Damasco, onde passou a infância. “O que está acontecendo atualmente na Síria está dentro dos desafios esperados.”

Fontes de segurança sírias informaram que pelo menos 200 de seus membros foram mortos nos confrontos com ex-militares leais a Assad, após ataques coordenados e emboscadas contra suas forças na última quinta-feira.

Os ataques escalaram para atos de vingança quando milhares de apoiadores armados dos novos governantes da Síria, vindos de todo o país, foram para as áreas costeiras para apoiar as forças da nova administração.

As autoridades atribuíram execuções sumárias de dezenas de jovens e ataques letais a residências em vilarejos e cidades habitadas pela antiga minoria governante da Síria a milícias armadas indisciplinadas, que foram ajudar as forças de segurança e há muito culpam os apoiadores de Assad por crimes passados.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra baseado no Reino Unido, afirmou no sábado que os dois dias de combates na região costeira do Mediterrâneo representaram alguns dos episódios de violência mais graves em anos no conflito civil que já dura 13 anos.

Os confrontos continuaram durante a noite em várias cidades, onde grupos armados dispararam contra as forças de segurança e emboscaram veículos em rodovias que levam às principais cidades da região costeira, disse uma fonte de segurança síria à Reuters neste domingo.



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