Justiça de Trump reafirma proposta de Biden para o Google – 09/03/2025 – Mercado


O Departamento de Justiça dos EUA reforçou sua proposta de dividir o Google, representando um golpe para as esperanças da Big Tech de que as políticas antitruste do presidente Donald Trump seriam menos agressivas do que as do presidente Joe Biden.

Em um documento apresentado na sexta-feira (7), o Departamento de Justiça reiterou sua proposta de novembro de que o Google fosse forçado a vender seu navegador Chrome, para responder à decisão de um juiz federal que considerou a empresa culpada de ser um monopólio ilegal em agosto.

A proposta é um retrocesso para o Google, que argumentou que a proposta inicial era “intervencionista” e estava “bem além” do caso original do Departamento de Justiça contra a empresa.

O governo também manteve a proposta de proibir o Google de pagar outras empresas para dar ao seu motor de busca um posicionamento preferencial em seus aplicativos e celulares. Ao mesmo tempo, o governo retirou sua exigência de que o Google vendesse suas participações em start-ups de IA, depois que uma dessas start-ups, a Anthropic AI, argumentou que precisava do dinheiro do Google para competir na indústria em crescimento.

A proposta final do governo “reafirma que o Google deve vender o navegador Chrome –um importante ponto de acesso à busca– para proporcionar uma oportunidade para um novo concorrente operar um portal significativo para buscar na internet, livre do controle monopolista do Google”, escreveram os advogados do Departamento de Justiça no documento.

O juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, que havia decidido que o Google detinha um monopólio ilegal, decidirá sobre as medidas finais em abril. Os porta-vozes do Google não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Manter a mesma linha contra o Google adotada pelo Departamento de Justiça da administração Biden é a primeira grande ação da divisão antitruste do departamento sob Trump, e ocorre mesmo antes de a nova chefe da divisão, Gail Slater, ser completamente confirmada pelo Senado. O documento é a indicação mais clara até agora de que a administração Trump adotará uma postura relativamente agressiva sobre antitruste, apesar dos líderes empresariais apoiarem Trump durante a eleição na esperança de que ele implementasse políticas regulatórias mais permissivas.

O caso contra o Google, que acusava a empresa de usar sua posição como o motor de busca dominante global para eliminar possíveis concorrentes, foi iniciado durante a primeira administração de Trump. O Departamento de Justiça de Biden deu continuidade ao caso e iniciou várias outras ações antitruste contra empresas da Big Tech, como Apple e Meta. Também iniciou uma segunda ação antitruste contra o negócio de tecnologia de publicidade do Google.

As ações antitruste, assim como a fiscalização de grandes fusões corporativas pela Comissão Federal de Comércio (FTC), irritaram executivos de tecnologia e alguns investidores de risco, que citaram essas políticas como uma das razões para apoiarem Trump. O Google também doou US$ 1 milhão para o comitê de inauguração de Trump e removeu políticas que buscavam contratar mais mulheres e minorias na empresa, em linha com a guerra de Trump contra iniciativas de diversidade, equidade e inclusão.



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