Defesas usam excesso de planos golpistas para criticar denúncia da PGR


Além disso, defesas de Bolsonaro e Braga Netto apontam que seria impossível todos os planos serem executados ao mesmo tempo.

Nos documentos há desde o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, até minuta de discurso de Bolsonaro “pós-golpe”. Documentos tinham graus diferentes de detalhamento e estratégias diferentes para impedir a posse de Lula em janeiro de 2023. Para os advogados, diferenças de documentos mostram fragilidade da denúncia da PGR.

Defesa de Braga Netto afirma que denúncia mistura planos que preveem morte e prisão ao mesmo tempo. Oliveira Lima aponta contradição na acusação que afirma que assassinato de Moraes serviria para fazer Bolsonaro assinar um decreto de estado de sítio que, por sua vez, previa a prisão de Moraes.

Defesa de Bolsonaro, por sua vez, diz que denúncia apresentou “cardápio de narrativas” ao STF. Advogados apontam que estratégias de planos são contraditórias entre si e nunca poderiam ser colocadas em prática ao mesmo tempo.

Apesar das críticas, ex-comandante do Exército confirmou à PF que Bolsonaro lhe apresentou minuta golpista. Depoimento do general Freire Gomes, além de trocas de mensagens e provas de que militares foram até a casa de Moraes, em Brasília, são utilizados pela PGR para mostrar que militares queriam que estratégia fosse colocada em prática. Ainda segundo a denúncia, minuta golpista passou por ajustes após ordem de Bolsonaro,, o que justificaria serem dois documentos diferentes.

Com todos os sinais trocados entre planos e decretos, ora prevendo prisões e novas eleições, ora tramando contra a vida do Presidente, de seu Vice e de Ministro do Supremo, ora falando de uma GLO, ora decretando Estado de Sítio, ora Estado de Defesa, era impossível que todos esses planos estivessem em execução, simultaneamente.Defesa de Jair Bolsonaro, em manifestação encaminhada ao STF





Source link

Adicionar aos favoritos o Link permanente.