4 boas práticas para reduzir a sobrecarga das mulheres no trabalho

A saúde mental é um problema crônico do brasileiro: o país é o mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste ranking, as mulheres são as principais vítimas: de cada 10 pessoas com ansiedade e depressão, 7 são mulheres, revela estudo publicado pelo Instituto Think Olga.

Alguns fatores de construção cultural, como a maior responsabilização da mulher nos cuidados com a casa e os filhos, também reforçam o quadro de burnout entre mulheres no mercado. Elas representam 60% dos pacientes em tratamento dessa doença, de acordo com levantamento da USP.

Bruno Rodrigues, CEO da GoGood, HRtech referência em benefícios de bem-estar corporativo, aponta que é possível mudar esse cenário com políticas e boas práticas voltadas para a promoção da saúde da mulher.

As mulheres se cobram mais. São diversos fatores internos e externos que concorrem para favorecer o adoecimento físico e mental: a jornada tripla, em que muitas mulheres conciliam trabalho, tarefas domésticas e cuidado com filhos; a autocobrança por excelência no trabalho; o medo de parecer menos comprometida, que pode levar muitas mulheres a aceitar mais demandas do que conseguem administrar. Sem falar em questões externas de gênero, que as afetam com diferenças salariais em relação aos homens, dificuldades na ascensão profissional e falta de reconhecimento. São situações que aumentam o estresse da mulher trabalhadora. O RH pode e deve adotar políticas bem elaboradas para proteger e promover a saúde da mulher no ambiente de trabalho. A personalização de benefícios, como apoio psicológico e incentivo à prática de atividades físicas, surge como um aliado fundamental nessa missão“, destaca.

A criação de um ambiente de diálogo aberto e seguro, além de redes de apoio, são algumas das iniciativas que contribuem para que as mulheres se sintam confortáveis ao falar sobre suas dificuldades e encontrar, junto de suas lideranças, meios para superar os desafios do trabalho. No mês da mulher, algumas iniciativas, como a elaboração de políticas de equidade salarial e de valorização da diversidade, também entram em pauta como soluções para a valorização feminina.

Neste contexto, o especialista em bem-estar corporativo elenca quatro boas práticas para melhorar a saúde mental e física das mulheres:

  1. Programas de apoio psicológico: o atendimento especializado para saúde mental é um aliado poderoso no cuidado com as mulheres;
  2. Acesso a academias e promoção da atividade física: manter o corpo em movimento libera endorfina, ajuda no controle do estresse e melhora a autoestima;
  3. Flexibilidade de horário e home office: essa política apoia, principalmente, mães no mercado de trabalho e facilita a conciliação entre vida profissional e pessoal;
  4. Licença parental estendida para homens: o puerpério é um momento delicado e de muitas adaptações; ter o parceiro mais tempo presente reduz a pressão sobre as mulheres.

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