Bienal de São Paulo busca R$ 3,5 milhões em jantar de gala – 10/03/2025 – Plástico


O pavilhão da Bienal de São Paulo, joia modernista de Oscar Niemeyer no paulistano parque Ibirapuera, recebe na semana que vem uma festa com potencial de alavancar as finanças da maior mostra de arte do chamado sul global. A fundação responsável pela exposição espera arrecadar R$ 3,5 milhões com a noite de gala, um décimo da captação anual que realiza junto a patrocinadores.

Os convites para o jantar, neste ano com uma injeção de recursos da relojoaria Rolex, vão de R$ 6.500 a R$ 85 mil, dependendo do tamanho e lugar da mesa —a diferença é o número de convidados que cada patrono pode levar e a visão para o palco onde Gilberto Gil canta às vésperas de iniciar sua turnê de despedida.

Em paralelo, como já antecipado pela coluna, a Bienal de São Paulo faz um leilão de alguns dos cartazes clássicos de suas mostras desde a primeira edição, na década de 1950. O primeiríssimo, desenho do artista Antônio Maluf, terá o lance inicial mais caro da noite, a R$ 50 mil. Há outras joias no páreo, como as peças que reproduzem trabalhos de Louise Bourgeois e Pablo Picasso.

OUVINDO VOZES O artista francês Pol Taburet, aliás, estará na próxima Bienal de São Paulo. A lista completa, a ser divulgada no mês que vem, já está definida, de acordo com pessoas próximas aos bastidores da mostra, e os nomes agora começam a vazar.

Taburet já passou temporada em Salvador, no centro cultural Pivô, e acaba de abrir uma grande mostra em Madri, em paralelo à feira Arco. Suas pinturas na capital espanhola ocupam o histórico Pabellón de los Hexágonos, obra modernista no parque Casa de Campo.

AUGURI O projeto em Madri, bancado pela italiana Fondazione Sandretto Re Rebaudengo antecipa as comemorações da organização, que celebra neste ano em Turim três décadas de mostras ambiciosas.

FASCISMO EM BERLIM O brasileiro Daniel Lannes, um dos grandes pintores da cena atual, foi convidado para mostrar um retrato que fez do presidente Getúlio Vargas na mostra “Global Fascisms”, na Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, em setembro. O curador da exposição sobre o avanço atual do autoritatismo no mundo é o camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, também à frente da próxima Bienal de São Paulo.


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