Pressão de Israel para libertação de reféns mantidos na Faixa de Gaza é chantagem, diz Hamas

O Hamas chamou de chantagem a pressão de Israel para a libertação de reféns mantidos na Faixa de Gaza. O grupo palestino cobra um cessar-fogo permanente na região. As negociações prosseguem no catar.

A população civil é a que mais sofre com a ofensiva de Israel. A entrada de ajuda humanitária está bloqueada desde a semana passada e agora a energia elétrica foi cortada, afetando o funcionamento da única usina de dessalinização em Gaza. O Hamas classificou as medidas como chantagem barata.

A comunidade internacional tem criticado Israel. A ONU fala em punição coletiva e países da Europa pedem a entrada de remédios e alimentos na Faixa de Gaza.

Enquanto isso, as negociações para a libertação dos reféns israelenses ganham um novo capítulo. Uma delegação de Israel viajou hoje para Doha, no Catar, onde apresentou uma nova proposta, com o apoio dos Estados Unidos: O Hamas libertaria 10 reféns vivos em troca de uma extensão de 60 dias na trégua.

O Hamas rejeitou e insistiu para que a próxima etapa inclua um cessar-fogo permanente, como foi acertado no acordo inicial. Mas Israel mantém a posição de que só aceitará uma trégua temporária para garantir a libertação dos reféns.

Essa postura agrada parte da coalizão do governo de Benjamin Netanyahu, formada por setores mais radicais que defendem a continuidade da guerra. O primeiro-ministro israelense depende desse grupo para se manter no poder.