Goiás já registrou 836 casos de doenças respiratórias em 2025

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu um alerta para que a população redobre os cuidados na prevenção de doenças respiratórias. O órgão destaca que, devido ao período sazonal e ao retorno das atividades escolares após o Carnaval, o aumento dos casos já era esperado.

Neste ano, o estado de Goiás registrou 836 notificações de doenças respiratórias em crianças e adolescentes, um número significativamente superior aos 638 casos contabilizados no mesmo período de 2024.

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) também alertou sobre o crescimento expressivo da demanda por atendimentos de doenças respiratórias. Desde a segunda quinzena de fevereiro, o pronto-socorro da unidade tem recebido um volume crescente de pacientes, tendência que deve continuar nos próximos meses.

Fora do período crítico, o hospital atende, em média, 3 mil crianças por mês. No entanto, entre março e abril, a demanda pode ultrapassar 4,6 mil atendimentos, representando um aumento de até 56%.

Diante do crescimento expressivo dos casos, a SES reforça a importância da prevenção, principalmente por meio da vacinação. Manter a caderneta de imunização atualizada é essencial para evitar complicações decorrentes da Influenza e da Covid-19. A vacina segue disponível nas unidades de saúde e é considerada a forma mais eficaz de prevenção contra doenças respiratórias graves.

Além da vacinação, outras medidas simples ajudam a reduzir a propagação de vírus e bactérias. Entre elas, a SES destaca a necessidade de cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel quando não houver disponibilidade de água. Pessoas que apresentam sintomas respiratórios devem usar máscara de proteção e dar preferência para ambientes arejados e bem ventilados.

Doenças respiratórias e riscos

A SES explica que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) abrange casos de síndrome gripal que podem evoluir para comprometimento da função respiratória, levando, na maioria dos casos, à hospitalização. Os principais agentes causadores dessas infecções incluem vírus como Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e SARS-CoV-2, além de bactérias e fungos.

Um dos riscos para crianças pequenas é o desenvolvimento da bronquiolite, infecção viral que afeta o trato respiratório e acomete principalmente crianças menores de dois anos. O Vírus Sincicial Respiratório é o principal responsável pela doença, que pode levar a complicações graves e necessidade de hospitalização.

Somente em janeiro deste ano, 97 crianças precisaram ser internadas em unidades estaduais devido à bronquiolite. Em fevereiro, o número saltou para 202 internações.

Cuidados para evitar complicações

A prevenção das doenças exige medidas simples, mas eficazes. A vacinação continua sendo a principal ferramenta para evitar complicações e internações, especialmente nos grupos mais vulneráveis. É fundamental que pais e responsáveis mantenham o esquema vacinal em dia e incentivem bons hábitos de higiene para reduzir o risco de contágio.

Evitar locais fechados e com grande aglomeração é outra recomendação importante, principalmente durante os meses de maior incidência das doenças respiratórias. Cuidar da hidratação e evitar mudanças bruscas de temperatura também contribuem para fortalecer o organismo contra infecções.

Por fim, a SES orienta que os pais fiquem atentos aos primeiros sintomas das doenças respiratórias, como tosse persistente, chiado no peito, febre alta e dificuldade para respirar. Em caso de sintomas graves, a busca por atendimento médico deve ser imediata para evitar complicações e garantir um tratamento adequado.

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