Trump ameaça taxar vinhos e champanhe da União Europeia em 200%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas sobre diversos produtos de vários países, intensificando uma “guerra comercial” com grandes potências mundiais. Recentemente, a União Europeia (UE) foi alvo dessas medidas e respondeu à taxação de 25% sobre o aço e o alumínio, aplicando tarifas a produtos americanos.Alguns dos produtos a serem taxados pela UE incluem motos, barcos e o ‘bourbon’, e as tarifas começariam a ser implementadas em 1º de abril, um dia antes das chamadas taxas alfandegárias “recíprocas” ameaçadas por Trump.“Se as tarifas não forem suspensas imediatamente, os Estados Unidos imporão rapidamente uma tarifa de 200% sobre todos os vinhos, champanhes e destilados da França e de outros países da UE”, ameaçou Trump em uma rede social.CONTEÚDO RELACIONADOFundo da Amazônia terá contribuição de R$ 91 milhões da IrlandaNápoles, na Itália, registra o maior terremoto em 40 anosOs produtores europeus de vinhos e champanhes reclamarem por serem prejudicados na batalha comercial. O ministro do Comércio Exterior francês, Laurent Saint-Martin, afirmou que a França continua “determinada a responder” e lamentou “a guerra comercial que (Donald Trump) escolheu travar”.Um acordo de 1997 reduziu barreiras alfandegárias entre Washington e Bruxelas, impulsionando o comércio em 450% até 2018, quando o governo Trump iniciou sua guerra comercial.Os EUA são o maior mercado para bebidas alcoólicas. Em 2024, as vendas francesas cresceram 5%, chegando a € 3,8 bilhões (R$ 24,18 bilhões), puxadas por vinho e conhaque, segundo a Federação Francesa de Exportadores de Vinhos e Destilados.A maioria das bebidas europeias entra nos EUA sem impostos, exceto vinhos espumantes, que pagam 2%, conforme a OMC. No entanto, uma investigação antidumping da China sobre bebidas da UE afetou as exportações, reduzindo em 25% os envios para China, Hong Kong e Singapura.Desde janeiro, o presidente dos EUA tem usado tarifas para negociar acordos, proteger indústrias e aumentar a arrecadação. Canadá, México e China foram os principais alvos, com tarifas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos (com isenções até 2 de abril) e uma taxa extra de 20% sobre produtos chineses.Apesar de ameaças, Trump ainda não havia taxado produtos europeus. No entanto, ele planejava implementar tarifas “recíprocas” em 2 de abril, cobrando dos importados a mesma taxa aplicada às mercadorias americanas na alfândega.
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