Forças Armadas são democráticas e não compactuaram com tentativa de golpe de Bolsonaro, diz Jungmann – 15/03/2025 – Brasília Hoje


O ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública Raul Jungmann afirmou neste sábado (15) que as Forças Armadas desempenham um papel essencial na preservação da democracia e não apoiaram a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

“Não confundam aqueles [militares] que entraram, de fato, em um projeto autoritário do governo anterior [Bolsonaro]— e que estão e devem ser punidos — com o grosso das Forças Armadas, que se posicionou contra. Esse golpe não ocorreu porque, enquanto instituições, elas não se dispuseram a isso”, disse.

O ex-ministro deu a declaração no evento “Democracia 40 anos: Conquistas, Dívidas e Desafios”, promovido pela Fundação Astrojildo Pereira e pelo partido Cidadania.

O evento acontece no Panteão da Pátria, em Brasília, construído na gestão Sarney para homenagear os herois e heroínas do país. Participam lideranças políticas, ex-ministros e o ex-presidente do Uruguai Julio María Sanguinetti.

Jungmann destacou o papel das Forças Armadas na preservação da democracia e criticou a histórica falta de envolvimento do poder civil, especialmente do Congresso Nacional, nas políticas de defesa do país.

Ele também ressaltou a importância do diálogo com os militares e defendeu que o Congresso assuma a responsabilidade de orientar as Forças Armadas. Como exemplo, mencionou a de importância de atualizar a Política Nacional de Defesa e a Estratégia Nacional de Defesa, que permanecem inalteradas há cerca de 13 anos.

“Se nós queremos, de fato, contar com Forças Armadas plenamente democráticas, temos que dar o rumo a elas. Enquanto não assumirmos isso, um militar que faz a escolha de defender, inclusive com a própria vida, o país—como vocês acham que ele nos vê se não temos disposição e responsabilidade para estabelecer o rumo das Forças Armadas? A tendência é que ele pense que o poder político do país é irresponsável e pouco preocupado com a defesa. Então, cabe a nós o papel da tutela”, ressaltou.


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