‘Amanhã será um grande dia’


O slogan oficial é a defesa da anistia, mas o evento tem um objetivo que remete ao passado e outro ao futuro. Será a primeira manifestação desde que Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por tentativa de golpe de Estado.

A anistia é a parte do evento que mira o retrovisor. Os maiores expoentes da direita subirão em um carro de som para pedir a redução das penas dos presos no 8 de Janeiro. Bolsonaro jura que não pretende se beneficiar da medida, mas a promessa não convence os políticos de Brasília.

A parte que aponta para o futuro foi omitida do slogan, mas estará nos discursos. Lideranças da direita protestarão contra o pedido do PT para apreensão do passaporte do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A eleição do ano que vem é o sujeito oculto para o qual os dois temas dos discursos convergem. Aprovar a anistia enfraquece a tese de que Bolsonaro liderou uma tentativa de golpe de Estado. A atuação do deputado Eduardo é considerada determinante para o ex-presidente recuperar os direitos políticos.

Jair Bolsonaro insistirá até o final em disputar a próxima eleição. O lobby exercido pelo deputado junto ao governo Donald Trump é visto como crucial para a reversão da inelegibilidade do ex-presidente.

Uma demonstração massiva de apoio popular no domingo é importante. Acusado de golpe de Estado, Bolsonaro pode pegar pena superior a 30 anos. Uma foto áerea com Copacabana lotada aumenta o capital político e serve de pressão contra o STF (Supremo Tribunal Federal), que não dá sinais de que irá recuar.





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