Em manifestação, Bolsonaro cita apoio do PSD para o projeto da Anistia

Nesta manhã de domingo (16), cerca de 18 mil apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniram nas capitais do país para declarar apoio ao projeto de lei que dá anistia para os 481 pessoas que foram condenadas no ato de 8 de janeiro. O evento ocorreu em Copacabana na cidade do Rio de Janeiro que contou com a presença de Bolsonaro e os aliados do movimento, como os filhos de Jair, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e o pastor Silas Malafaia. 

No início, a manifestação pretendia o impeachment do atual presidente Lula (PT) e contava com outras capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Goiânia. Contudo, lideranças do PL trocaram o tema principal e eventos em outras cidades foram cancelados. 

Além das lideranças, o presidente da sigla Valdemar Costa Neto estava presente com a liberação do Supremo Tribunal Federal (STF) de contato com o acusado de tentativa de golpe de estado. Enquanto isso, a Michelle Bolsonaro se ausentou por um procedimento cirúrgico que ocorreu nas últimas semanas, por causa disso, a presidenta do PL Mulher, Priscila Costa, estava em seu lugar para representá-la. 

Sobre isso, Bolsonaro discursou no evento sobre o projeto de lei da anistia, que aposta que o projeto amplie a base para futuras matérias de interesse do ex-presidente, como a alteração da ficha limpa que pode causar um retorno de Bolsonaro ao palanque caso o STF não julgue o ex-mandatário pelo indiciamento. 

“A população está cada vez mais consciente da maldade que foi, e está sendo sobre os presos do 8 de janeiro”, afirmou. A expectativa é que o texto seja apresentado ainda nesta semana pelo presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) para debate e enviado para as comissões temáticas com pedido de urgência pelo líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcante. 

Em discurso, Bolsonaro também reafirma o apoio da sigla PSD de Gilberto Kassab com o projeto e afirma que não é apenas o PL. “Eu deixo claro aqui, esse 50% [de apoio] não é PL. Tem gente boa em todos os partidos. Eu, inclusive, há poucos dias tinha um velho problema e resolvi com o Kassab, em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília. Todos os partidos estão vindo.”

Além disso, o ex-mandatário reafirmou que não irá apontar um sucessor político e se mantém como um pré-candidato à presidência da república para 2026. “[As] eleições de [de 2026] sem Bolsonaro é negar a democracia no Brasil, se eu sou tão ruim assim, [então] me derrote”, replicou. Por fim, também sinaliza que o próximo comício deve ocorrer no nordeste a apontou Aracaju, no Sergipe, como próximo local.

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Outro expoente do bolsonarismo que ensaiou na apresentação e que é cotado para suceder o ex-presidente foi o governador Tarcísio que ensaiou um discurso da anistia e das eleições gerais. No palanque ao lado de Jair, o governador de São Paulo afirma que o projeto visa a pacificação da população e uma página virada na política brasileira. 

“Vamos garantir que esse projeto [da anistia] seja pautado, seja aprovado e quero ver quem é que vai ter coragem de se opor. E pode ter certeza de que vamos garantir os votos. Nós vamos conseguir cuidar dessas pessoas. A gente precisa passar isso a limpo para que tenha pacificação. Para que possamos nos dedicar aos temas nacionais. Para que possamos discutir a longevidade, o envelhecimento da população, o financiamento do SUS.”

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