Bombardeios dos EUA no Iêmen assassinam mais de 30 pessoas

Garota ferida em ataque aéreo dos EUA contra a cidade de Saada, no Iêmen. Foto: Naif Rahma

Ordenados pelo fascista Donald Trump, os ataques dos Estados Unidos buscam frear as ações anti-imperialistas promovidas pelo povo do Iêmen em solidariedade ao povo palestino.

Felipe Annunziata | Redação


INTERNACIONAL – O exército dos Estados Unidos conduziu uma série de bombardeios no Iêmen neste domingo (17/3). A capital iemenita Sana e diversas cidades do noroeste do país foram vítimas da agressão militar imperialista. Pelo menos 30 pessoas foram assassinadas e mais de 100 ficaram feridas, a maioria delas mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do Iêmen.

“Eu os abracei e tentei acalmá-los imediatamente. Crianças e mães ainda estão assustadas e em choque”, disse Abdul Rahman al-Nuerah, morador de Sana.

O Iêmen é um dos países mais pobres do mundo e vítima de intervenções estrangeiras patrocinadas pelas monarquias reacionárias árabes. Mesmo assim, a população do país conduz uma intensa campanha de solidariedade ao povo palestino, com manifestações semanais e ações de resistência no Mar Vermelho, que banha o país, para impedir que navios israelenses levem armas e suprimentos para o genocídio do povo de Gaza.

Após essas ações, o Iêmen se tornou alvo preferencial das potências imperialistas ocidentais. Já no governo Biden, os estadunidenses bombardearam o país uma série de vezes. Está é a primeira ação do tipo na administração de Donald Trump.

Iêmen é vítima de agressões imperialista

O Iêmen vive há mais de 10 anos em um estado de guerra civil, onde potências como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos intervém no país a mando dos EUA e da Europa.

Têm sido comuns bombardeios nas cidades do país. Ficaram mundialmente conhecidos os ataques aéreos estrangeiros contra casamentos, festas e outras atividades de famílias iemenitas, que causaram milhares de mortes de civis.

Desde o início da guerra civil, mais de 4 milhões de pessoas tiveram que sair de suas casas e o país foi jogado na miséria completa. O Iêmen hoje está dividido entre o governo de Sana, liderado pela facção Houthis, de orientação islâmica e que recebe apoio do Irã, e o governo de Abd-Rabbu Mansour Hadi, apoiado pelas potências imperialistas e as monarquias árabes.

O fato é que hoje, mesmo com o país dividido, os trabalhadores e o povo iemenitas demonstraram grande força de luta em defesa do povo palestino. As ações dos Houthis no Mar Vermelho impediram dezenas de navios israelenses, europeus e estadunidenses de circularem numa das principais rotas comerciais de armas e suprimentos para o exército de Israel.

O objetivo do fascista Trump é forçar o fim dessas ações de solidariedade. No entanto, os movimentos iemenitas, como os Houthis, já afirmaram que continuarão suas ações em defesa da Palestina.

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