Gustavo Gayer critica Ronaldo Caiado por defesa de anistia aos presos de 8 de janeiro

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) manifestou-se publicamente contra as recentes declarações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que defendeu a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Gayer acusou Caiado de oportunismo político, lembrando que o governador inicialmente apoiou a repressão aos manifestantes.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Caiado afirmou ter sido o primeiro a defender o perdão aos presos pelos ataques extremistas de 2023, classificando as penas de 17 anos como excessivas e pedindo que o país “deixe essa discussão inócua para trás”.

Gayer rebateu a declaração, acusando Caiado de oportunismo e lembrando que o governador foi o primeiro a “oferecer celas para prender os ‘extremistas’”. O deputado expressou sua indignação, destacando a mudança de postura do governador em relação aos manifestantes.

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A troca de declarações ocorre em meio a divisões na direita sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Enquanto alguns parlamentares bolsonaristas pressionam por uma posição mais rígida sobre o tema, outros, como Caiado, agora defendem o perdão aos manifestantes, gerando debates internos no campo político.

Essa não é a primeira vez que Gayer e Caiado se desentendem publicamente. Em outubro de 2024, Gayer acusou Caiado de estar por trás de uma operação da Polícia Federal contra ele, chamando-o de “canalha” e “ditador”. Caiado rebateu as acusações, chamando Gayer de mentiroso e afirmando que o deputado deveria assumir a responsabilidade por seus próprios atos.

A recente divergência entre Gayer e Caiado reflete as tensões políticas em Goiás e no cenário nacional, evidenciando as diferentes posições dentro da direita brasileira em relação aos acontecimentos de 8 de janeiro e suas consequências.

A defesa da anistia por parte de Caiado contrasta com sua postura inicial de apoio à repressão aos manifestantes, o que tem gerado críticas de aliados e adversários políticos. Gayer, representante de uma ala mais conservadora, vê na mudança de postura do governador uma tentativa de capitalizar politicamente em um momento de polarização.

Enquanto isso, os debates sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro continuam a dividir opiniões no Congresso Nacional e na sociedade brasileira, refletindo as complexidades políticas e jurídicas em torno do tema.​​ Esse embate entre Gayer e Caiado ilustra as divisões internas na direita brasileira e a dificuldade em estabelecer uma posição unificada sobre temas sensíveis, como a anistia aos manifestantes de 8 de janeiro.

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