Impacto da pandemia na educação persiste


A iniciativa, realizada desde 2019 por Fundação Lemann, Instituto Natura e Associação Bem Comum, tem registrado resultados significativos no avanço da alfabetização nestes estados, chegando a 69% de crianças leitoras, em média, em 2024.

Outro esforço importante lançado em março, ainda que com atraso, foi o Pacto pela Recomposição das Aprendizagens, para enfrentar as defasagens educacionais causadas pela pandemia, uma iniciativa em colaboração entre a União, estados, Distrito Federal e municípios.

O encerramento da pandemia foi decretado em 2023, mas outras crises podem surgir a qualquer momento. Se, por um lado, o país avançou em alguns aspectos, como na ampliação da conectividade nas escolas, na priorização curricular e no fortalecimento da colaboração entre estados e municípios, por outro, ainda faltam políticas estruturadas para garantir a continuidade da aprendizagem em situações emergenciais, como diretrizes nacionais para a rápida adaptação do ensino e mecanismos permanentes de suporte a redes de ensino, professores e estudantes diante de novas ameaças globais.

Completamos cinco anos desde o início da pandemia, e este marco deve nos lembrar não apenas dos desafios que enfrentamos, mas da necessidade de seguir aprendendo com eles. O impacto na educação foi profundo e ainda persiste, tornando essencial não apenas recuperar o que foi perdido, mas também fortalecer nossas respostas para o futuro.

Este é um momento de repactuar compromissos e consolidar estratégias que garantam que nenhuma crise volte a comprometer o direito de crianças e adolescentes à aprendizagem. Antecipar-se a desafios exige ação contínua, colaboração e planejamento
estruturado para que possamos construir um sistema educacional mais resiliente e preparado para o que vier.

*Daniela Caldeirinha é vice-presidente de Educação da Fundação Lemann





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