Nora de turista morto no Cristo Redentor denuncia despreparo em atendimento emergencial


Nora de turista morto no Cristo Redentor denuncia despreparo em atendimento emergencial

Imagens de câmeras de segurança mostram o turista recebendo massagem cardíaca

Reprodução

A nora do turista gaúcho que morreu após ter um infarto fulminante no Cristo Redentor é enfermeira especializada em atendimento cardiovascular e denuncia que teve que ensinar os funcionários a realizar a compressão cardíaca. Melissa Schiwe iniciou a massagem cardíaca na vítima e disse que a equipe era despreparada e não sabia como realizar um suporte básico. Ela ainda afirma que foram quase 35 minutos de uma luta para salvá-lo com pouquíssimos recursos.

Melissa ainda diz que o posto de atendimento estava fechado, mesmo com o parque aberto, o que segundo o advogado da família, Joel Lazzarin, foi determinante para a morte de Jorge Alex, de 54 anos. 

Existe um serviço médico colocado à disposição dos usuários, mas que estava fechado, sem nenhuma justificativa e em horário de visitação. E por isso a vítima não recebeu os primeiros socorros, o que seria determinante para que a sua vida fosse preservada naquele momento. Então, a família irá buscar a devida reparação no âmbito do dano moral e do dano material.

O resgate do Samu levou 34 minutos para chegar ao local. O advogado Matheus Alves, que também faz a defesa da família, lamenta a demora no resgate em um dos principais cartões postais do país.

Além disso, sequer havia estrutura para fazer o transporte até o hospital, nem por helicóptero, nem qualquer outro, o que se vê pelas imagens que mostram claramente o tempo que decorreu sem o devido atendimento, inclusive com evidente despreparo daqueles funcionários que estavam no local. A demora é inadmissível, levando em consideração que se trata de um dos principais cartões postais do país, o Samu levar cerca de 40 minutos para chegar até o local.

Em nota, a empresa Trem do Corcovado diz que a equipe do Pronto Socorro local agiu imediatamente, inclusive com uso de desfibrilador, mas, apesar da rapidez da ação, o visitante teve um infarto fulminante, impossibilitando o salvamento.

A concessionária ainda ressalta que a unidade conta com uma equipe de profissionais treinados, habilitados e certificados a manusear o desfibrilador. Em casos mais graves, o turista é levado ao Hospital Adventista Silvestre, que fica a quatro minutos do Cristo Redentor, dentro do próprio Complexo do Corcovado.

O presidente do Trem do Corcovado, Sávio Neves, afirma que não houve negligência e que o caso foi uma fatalidade.

A Delegacia do Consumidor intimou oito representantes das empresas que gerem o local para prestar depoimento.



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