Sobre amizades de baixa manutenção

Vi uma publicação do Contente.vc que mexeu comigo. Eles falavam sobre amizades de baixa manutenção, e eu percebi o quanto minha vida é pautada por isso.

Tenho amigos de infância, de ciclos e fases diferentes, pessoas que chegaram em momentos tão distintos, mas que, de alguma forma, permanecem comigo até hoje.

Não nos falamos todos os dias. Às vezes, passam semanas, até meses, sem uma mensagem ou qualquer sinal. Mas isso nunca parece um problema. Quando reaparecemos na vida um do outro, é como se o tempo nunca tivesse passado.

A conexão continua ali, intacta, como um fio que ninguém vê, mas que está sempre presente.

Essas amizades me fazem pensar no que realmente sustenta uma relação. Não é sobre a frequência com que nos falamos, mas sobre a intenção. É o cuidado que aparece nos pequenos gestos: um “me lembrei de você”, um áudio rápido, ou até um meme compartilhado do nada.

Não precisa de grandes demonstrações, só precisa ser verdadeiro.

E é bonito perceber como, mesmo com as distâncias físicas e as rotinas diferentes, esses laços permanecem fortes. Não porque estamos constantemente presentes, mas porque existe uma confiança silenciosa de que podemos contar uns com os outros.

Claro, às vezes bate a saudade. Dá vontade de estar mais próxima, de viver mais momentos juntos. Mas a vida adulta é assim, não é? Caminhos que se espalham, rotinas que tomam conta. E, ainda assim, essas amizades continuam sendo um alicerce.

Amizades de baixa manutenção, pra mim, são sobre liberdade. Não há cobranças, não há peso. É um tipo de amor leve, que entende os espaços e respeita os tempos. Que aparece quando importa e, mesmo em silêncio, nunca se desfaz.

No fim, percebo que o mais valioso dessas amizades não é o quanto nos falamos, mas a certeza de que, quando nos reencontramos, tudo está exatamente onde deixamos.

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