COP30: Belém recebe evento de empreendedorismo sustentável

A pouco mais de um ano da COP30, que será realizada em novembro de 2025 em Belém/PA, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil e a gestora de venture capital KPTL promovem, no dia 1º de agosto, um evento que vai transformar Belém do Pará na capital nacional da bioeconomia.O Bioeconomy Amazon Summit (BAS) vai reunir na Amazônia 80 startups e promover o fomento de 60 delas, além de uma intensa agenda de discussão em torno do papel da inovação e do empreendedorismo na agenda global de mudanças climáticas.O evento, que acontece no dia 1º de agosto, das 9h às 18h, no Hangar Centro de Convenções, em Belém do Pará, contará com a presença de mais de 600 pessoas, entre altas lideranças dos setores público e privado, representantes de organizações, empreendedores, investidores e sociedade civil. O BAS tem o apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), da APEX Brasil, do Mercado Livre, do Sebrae (Pará) e da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS). Tem ainda como parceiros: a B3, o Banco Amazônia e a Copastur Viagens e Turismo; como parceiros institucionais: a Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio); a Climate Ventures, a plataforma CUBO ESG, o programa Empreende Amazônia, a Jornada Amazônia e a consultoria Kyvo Design-driven Innovation; e os parceiros de mídia Exame e Rede Amazônica.CONTEÚDO RELACIONADOCastanha-do-pará e o açaí podem desaparecer. Entenda!O bionegócio de açaí que leva água potável à comunidadeUm estudo revelou que a bioeconomia no Brasil pode gerar um faturamento industrial anual de US$ 284 bilhões até 2050. Intitulado “Potencial do impacto da bioeconomia para a descarbonização do Brasil”, é fruto da parceria entre a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Embrapa Agroenergia, Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBR/CNPEM), Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/CETIQT) e Laboratório Cenergia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cenergia/UFRJ).BAS é realizado em três momentosO BAS será realizado em três ambientes – Arena Empreendedora, Plenária e um Round Table/Salas Temáticas, de acordo com a programação neste link. O objetivo da Arena Empreendedora é promover o encontro dos micro e pequenos empreendedores locais com cientistas e investidores. Ali, 60 startups de bioeconomia vão expor e dar visibilidade aos seus negócios. Das 60 startups selecionadas, cerca de 45 participaram dos programas de apoio da Jornada Amazônia, recebendo suporte, mentoria e conexões estratégicas para aumento de sua competitividade. Uma seleção de startups dos mais diversos segmentos como Alimentos e Bebidas, Fármacos e Fitofármacos, Cosméticos, Tecnologia da informação e comunicação, Energia, Logística, Moda, Agricultura Sustentável, Madeira e Móveis, e que oferecem soluções, produtos e serviços inovadores, que geram impacto positivo na floresta, agregando valor a partir do uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais.A Arena trará ainda palestras e discussões voltadas para os empreendedores, dentro da temática Empreende Amazônia: Incentivos e recursos disponíveis para a inovação da Amazônia; Mapeamento Vivo de Ecossistema: A Força da Colaboração do Ecossistema; e Investimentos para Negócios de Impacto |ZUNNE, Programa de Impacto.Quer ler mais notícias do Pará? Acesse o nosso canal no WhatsApp!Já o objetivo da Plenária, que acontece no período da manhã, é a promoção de discussões estruturais a respeito do papel da inovação da Amazônia na agenda global de mudanças do clima e como ela pode ser impulsionada por investidores, corporações e órgãos governamentais. A abertura será feita por Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil; Renato Ramalho, CEO da KPTL; Puyr Tembé, Secretária de Povos Indígenas do Pará, Mauro O’de Almeida, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará, além de lideranças empresariais e governamentais locais.Entre outras agendas, haverá a sessão ‘Movimento Impacto Amazônia e as melhores práticas para empresas se conectarem com a Amazônia via inovação’, com abertura da keynote speaker Ana Alencar, do IPAM , que falará sobre ‘Inovação como ferramenta para Conservação da Biodiversidade’. Depois, o painel ‘Inovação como ponte entre corporações e a Amazônia’, com a participação de Valmir Ortega, da Belterra; Mauro Costa, gerente sênior de Relacionamento com a Sociobiodiversidade da Natura &Co; Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre; e mediação da jornalista Mary Tupiassu. Roberto Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres) fará o encerramento da sessão com o tema ‘Rastreabilidade, logística, e cadeias produtivas’. Waak tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas.As salas temáticas serão quatro, realizadas de forma sequencial: às 14h – Novos formatos de relacionamento entre as cadeias de consumo e produção: Demandas do varejo; Formatação dos produtos; Agroecologia e agricultura sustentável; às 15h – A bioeconomia da Amazônia como protagonista: Diferenciação da economia exploratória; Integração demandas sociais e formatos de negócios; Conhecimentos tradicionais como base da inovação; Mapeamento das expectativas e prioridades do ecossistema da Amazônia; às 16h – Inovação endereçada aos desafios da Amazônia: Floresta Viva; Soluções baseadas na natureza DA e NA Amazônia; Rastreabilidade; Saneamento ; às 17h – Desafios estruturais: Incentivos Fiscais; Compliance; Logística; Economia circular e resíduos nas cadeias produtivas.O Pacto Global da ONU – Rede Brasil promoverá ainda, através do Movimento Impacto Amazônia, uma Roda de Saberes Ancestrais e Tradicionais, que servirá de instrumento para que algumas lideranças indígenas e quilombolas falem sobre suas muitas cosmovisões sobre a participação de pessoas indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras populações tradicionais no setor privado. Representantes de empresas com operação na região da Amazônia Legal e engajadas com a pauta de direitos humanos e sociobiodiversidade serão convidados para esta escuta ativa.
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