Ferroviários decidem suspender greve de linhas da CPTM – 25/03/2025 – Cotidiano


Os ferroviários de São Paulo aprovaram em assembleia realizada na noite desta terça-feira (25) a suspensão da greve das linhas 11-coral, 12-safira e 13-jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A paralisação estava prevista para começar a partir da 0h desta quarta (26) e tinha como alvo a proposta da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar o serviço. O governo de São Paulo leiloa na sexta (28) as três linhas de trens, cujos investimentos previstos serão de R$ 14,3 bilhões em 25 anos de concessão.

A categoria aprovou a realização de um protesto no mesmo dia em frente a sede da Bolsa de Valores (B3) no centro de São Paulo, contra a privatização. O leilão vai acontecer no local.

O resultado da assembleia deverá ser apresentado em audiência presencial prevista para ocorrer na Justiça do Trabalho por volta das 23h.

À tarde, durante audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto propôs uma cláusula chamada de paz temporária para adiamento da greve, inicialmente marcada para a partir da 0h desta quarta-feira, para sexta.

Foi essa a proposta levada para os ferroviários na noite desta terça —a assembleia já estava marcada para ratificar a greve.

De acordo com a proposta do desembargador, a paralisação seria suspensa até sexta, data marcada para o leilão das linhas na Bolsa de Valores (B3).

Enquanto isso, segundo o tribunal, os empregados estariam autorizados a fazer assembleias nas estações para conscientizar a população sobre as ameaças aos postos de trabalho que entendem haver com a concessão das linhas.

O sindicato, ainda de acordo com o TRT, propôs que os trabalhadores usem vestimentas de cor preta nesses dias como forma de protesto, o que foi aceito pela empresa.

Cerca de 2.000 pessoas trabalham nas três linhas, de acordo com o sindicato.

Uma greve pode atingir cerca de 550 mil passageiros que usam as linhas 11-coral, 12-safira e 13-jade.

A CPTM afirmou que em caso de greve iria pedir que a Justiça determinasse a manutenção de 100% do efetivo dos ferroviários no horário de pico e 80% nos demais horários

O número representa, aproximadamente, a média diária dos quase 17 milhões embarques nas três linhas em todo o mês de janeiro, dado mais recente disponível nas estatísticas da companhia.

A greve, por tempo indeterminado contra a privatização das três linhas, foi aprovada na semana passada.

Na manhã desta terça-feira, representantes da categoria fizeram um protesto na frente da B3, no centro de São Paulo. Ao mesmo tempo, os grupos CCR e Comporte, os únicos concorrentes do leilão pelo lote Alto Tietê, um conjunto de linhas da CPTM que serão concedidas pelo governo de São Paulo na sexta, entregaram envelopes com suas propostas.

Questionada sobre como vai tentar amenizar os efeitos da greve junto aos passageiros, caso ela ocorra, a CPTM não respondeu.



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