Trump encerrará financiamento para vacinas infantis nos países mais pobres, revela documento – 26/03/2025 – Equilíbrio e Saúde


A administração do presidente Donald Trump planeja encerrar o financiamento dos EUA para a Gavi, uma organização que ajuda a comprar vacinas para crianças em países pobres, e reduzirá os esforços para combater a malária, entre milhares de cortes revelados em um documento preparado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.

A administração continuará a financiar algumas doações que pagam por medicamentos que tratam o HIV e a tuberculose e fornecerá ajuda alimentar a nações onde ocorrem guerras civis e desastres naturais, de acordo com o documento, que foi inicialmente reportado pelo New York Times.

O documento, que foi revisado pela Reuters nesta quarta-feira (26), lista programas de ajuda internacional que serão desmantelados, bem como aqueles que serão mantidos.

Washington reduziu drasticamente a ajuda externa desde que Trump assumiu o cargo, com cerca de 80% dos contratos abruptamente cortados para alinhar-se à nova política de ‘América Primeiro’ da administração, semeando caos, confusão e sofrimento em todo o mundo.

O documento de 281 páginas lista 898 programas que permanecerão ativos, totalizando US$ 78 bilhões em gastos —grande parte dos quais, segundo o documento, já foi desembolsada.

No total, 5.341 concessões serão encerradas, representando pouco menos de US$ 76 bilhões, diz o documento. Cerca de US$ 48 bilhões desse total já foram comprometidos, acrescenta.

O governo dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Gavi afirmou que o apoio dos EUA às suas operações era “vital”. “Com o apoio dos EUA, podemos salvar mais de 8 milhões de vidas nos próximos cinco anos e dar a milhões de crianças uma chance melhor de um futuro saudável e próspero”, disse em um comunicado no X.

Em fevereiro, iniciativas de saúde que salvam vidas e projetos de pesquisa médica foram encerrados ao redor do mundo em resposta à suspensão de 90 dias da ajuda externa pela administração Trump e ordens de paralisação de trabalho.

Em Uganda, o Programa Nacional de Controle da Malária suspendeu a pulverização de inseticidas nas casas das aldeias e interrompeu o envio de mosquiteiros para distribuição a mulheres grávidas e crianças pequenas, diz Jimmy Opigo, diretor do programa.

Suprimentos médicos, incluindo medicamentos para interromper hemorragias em mulheres grávidas e sais de reidratação que tratam diarreia potencialmente fatal em crianças pequenas, não podem chegar às aldeias na Zâmbia porque as empresas de transporte que os levavam eram pagas por meio de um projeto de fornecimento suspenso da Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).

Além disso, a retirada dos Estados Unidos da OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia levantado preocupações sobre a capacidade da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) de combater doenças e responder a emergências ao redor do mundo sem seu maior financiador.



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