Lula revisa herança de Bolsonaro, mas atinge combate à escravidão


‘Desbolsonarização’ da PRF

Foram numerosos os casos de polêmicas envolvendo a instituição no governo passado.

Por exemplo, em maio de 2022, três policiais rodoviários federais mataram um homem, em Umbaúba (SE), através de uma câmara de gás improvisada em uma viatura durante uma fiscalização de trânsito. Genivaldo de Jesus Santos, negro, 38 anos, desarmado, que dirigia uma motocicleta velha e vivia com uma doença mental, foi trancado em um porta-malas. Então, acionaram uma bomba de gás para lhe fazer companhia, em Umbaúba (SE).

No mesmo mês, a PRF e a Polícia Militar do Rio deflagraram uma operação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, para prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos de outros estados que estariam escondidos no lugar. Ao final, produziram uma chacina que deixou 23 mortos. Três meses antes, outra operação da PRF e da PM-RJ na Vila Cruzeiro já havia deixado, ao menos, oito mortos, além de fechar escolas e postos de saúde.

Para além das mortes, a Polícia Rodoviária Federal abriu a temporada de ações golpistas ao implementar, sob o comando do ministro Anderson Torres e do diretor-geral Silvinei Vasques, bloqueios em estradas para dificultar que eleitores de locais com alto índice de votos lulistas fossem às urnas no dia do segundo turno. Naquele domingo, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ameaçou o diretor da PRF de prisão se não liberasse as estradas em 20 minutos.

E, após a eleição, a PRF fez vistas grossas aos protestos de caráter golpista que trancaram rodovias em todo o país após a vitória de Lula, deixando que bloqueios se instalassem. Foi necessário a Justiça Federal emitir uma série de decisões e o próprio STF intervir para a cúpula da corporação se mexer de fato. Um dia antes da eleição, Silvinei Vasques já havia publicado em suas redes sociais um pedido de voto em Bolsonaro.





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