‘Senti muito medo ao ver as ruas fantasmagóricas’, diz leitora sobre período de quarentena – 29/03/2025 – Painel do Leitor


Lembro-me de sentir muito medo ao ver as ruas fantasmagóricas. Eu fiquei indignada pela falta de respeito dos que pensavam ser só uma gripezinha. O isolamento foi muito cruel. Não perdi ninguém diretamente, estamos bem, mas há sequelas. Que nunca mais haja fila para retirada de corpos e enterros sem despedidas! De verdade? Tudo mudou.

Ana Paula Adamowicz (Curitiba, PR)

O início da quarentena marcou um período feliz para mim. Em abril de 2020 voltei a viver com meu pai no intuito de nos cuidarmos. Em março de 2021 conheci Luana, a mulher da minha vida —hoje minha esposa, melhor amiga, e mãe de meu amado filho Heitor. Eu não fazia ideia, mas em maio de 2022, meu pai morreria por causas alheias ao vírus. Portanto, posso dizer que na pandemia experimentei minha maior dor, mas cresci, e provei também minha maior alegria.

Pedro Joaquim (Barra do Turvo, SP)

O pânico geral que se espalhou. Era um clima de guerra. Eu trabalho com tecnologia e desde a pandemia comecei a fazer home office. Sigo desempenhando o trabalho com a mesma qualidade, mas hoje tenho mais tempo para minhas atividades e para dar assistência a minha família.

Alex Furtado (Vila Velha, ES)

Eu me lembro de estar trabalhando em um dia e ter meu contrato suspenso no outro. Também me recordo das pessoas comprando quantidades excessivas de itens de higiene e alimentação. Embora a pandemia tenha impactado negativamente o mundo todo, também serviu para aproximar famílias como a minha, que pelo isolamento descobriu novas formas de conviver e se unir.

Vitória Lima (Campinas, SP)

Lembro-me que cantava “Tudo Está Parado”, de Humberto Gessinger. Havia uma aura de medo diante do número crescente de mortes por Covid.

José Flauzino Alves (Maringá, PR)

Lembro do medo diante de uma situação desconhecida e da insegurança por estarmos sob o comando de um governo negacionista. O momento coincidiu com problemas de saúde nossos e de nossos animais. Perdemos quatro deles em três anos.

Maria de Lourdes Pires de Barros (São Caetano do Sul, SP)

Parecia um filme de terror: precisei resolver um problema em um caixa eletrônico e fui até a agência de máscara de plástico e de pano. Eu morava no centro de São Paulo e foi a única vez na minha vida que vi aquelas ruas vazias, sem ninguém. Perdi meu emprego, e os impactos financeiros foram imediatos, mas o medo e a incerteza do futuro foram o pior. Fiquei meses sem ver minha mãe e amigos, um período muito solitário e difícil.

Rafaela Maurer (São Paulo, SP)



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