Heloisa Teixeira, referência do feminismo e da literatura, morre aos 85 anos

A escritora e crítica cultural Heloisa Teixeira morreu na última sexta-feira (28), aos 85 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea, e faleceu por complicações de uma pneumonia e insuficiência respiratória aguda. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual era imortal desde 2023.

Natural de Ribeirão Preto (SP), Heloisa formou-se em Letras Clássicas pela PUC-Rio e obteve mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ. Com um pós-doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, tornou-se referência em estudos sobre cultura e desenvolvimento, dedicando-se especialmente à poesia, às relações de gênero e étnicas, além das culturas marginalizadas.

Entre suas obras, destaca-se a coletânea 26 Poetas Hoje (1976), que revelou nomes como Ana Cristina Cesar, Cacaso e Chacal. A antologia é considerada um marco na literatura brasileira por consolidar a chamada poesia marginal e desafiar as estruturas tradicionais do gênero.

Nos últimos anos, Heloisa voltou seu olhar para a cultura das periferias e o impacto das tecnologias digitais na produção artística. Seu trabalho contribuiu para ampliar o debate sobre novas formas de expressão e inclusão no cenário cultural brasileiro.

Eleita para a cadeira 30 da ABL em abril de 2023, a escritora foi a 10ª mulher a integrar a instituição.

 

 

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