Apesar de relação republicana com governo, prefeito de Posse fica no PL

O prefeito de Posse, Paulo Trabalho (PL), foi um opositor ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) durante seu período como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Hoje, contudo, ele afirma manter uma boa relação com o gestor e, diferente de outros seis chefes de Executivos municipais que deixaram o PL, decidiu permanecer no partido.

Conforme apurado pela imprensa, dos 26 prefeitos eleitos pelo PL em 2024, em Goiás, seis foram para o União Brasil do governador Ronaldo Caiado. Foram eles: Jacó Rotta, de Cabeceiras; Simone Ribeiro, de Formosa; Dr. Luís Otávio, de Cristalina; Wivviane Duarte, de Gameleira de Goiás; Dr. Vitor, de Santa Fé de Goiás; e Tiagão, de Pilar de Goiás. Paulo Trabalho não pretende migrar. Pelo menos por enquanto. 

“A relação está tranquila, republicana”, afirma ao reforçar o bom relacionamento com o governador e a equipe do Palácio das Esmeraldas. “Ele está preocupado em cuidar dos municípios e tem dado atenção por meio das secretarias.” 

Paulo ainda citou algumas medidas para o benefício após o começo do mandato, como sinalização promovida pelo Detran-GO, a ajuda da secretaria de Meio Ambiente para dar fim ao lixão a céu aberto (um problema de mais de 20 anos), além da devolução do Parque Paraíso Encantado. “E Saneago tem sido parceira também.”

Sobre a possibilidade de mudar de legenda, ele afirma que não é o momento de tomar essa decisão e que é muito grato ao PL. “Temos que ver o direcionamento do partido para qualquer definição mais à frente. Nosso senador [e presidente do PL] Wilder Morais tem sido um grande parceiro, destinando emendas e recursos para Posse. Não posso abandonar o senador e o presidente Bolsonaro por conveniência minha”, declarou.

“Eu espero que o governo [estadual] entenda, mas é preciso pensar em quem foi companheiro. O governador Ronaldo Caiado entende que político sério tem lealdade. Não posso pular de galho em galho, mas nada impede um alinhamento mais adiante.”

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Hoje, Wilder é pré-candidato ao governo de Goiás. Caso se confirme, ele poderá ser adversário do vice-governador Daniel Vilela (MDB), sucessor natural de Caiado. Questionado se poderia haver uma união, Paulo Trabalho diz que o presidente Bolsonaro não descarta, mas isso é algo que dependerá do senador. 

Prefeitos que mudaram de legenda

Para Paulo, os prefeitos que já trocaram de partido foram precipitados. Sem dizer nomes, ele diz, inclusive, que alguns já se arrependeram. “Não precisava. Poderiam ter boa relação com o governo, independente de partido. Além disso, quem vai disputar a próxima eleição é o MDB e não sabemos ainda quem será o vice de Daniel.”

À época em que houve a migração de prefeitos, O HOJE conversou com dois gestores: Simone Ribeiro, de Formosa, e Jacó Rotta, de Cabeceiras. A prefeita lembrou que Formosa é o segundo município mais endividado com precatórios, no Estado, e, por isso, era preciso aproximar e fortalecer. “Sempre sinalizei que respeito o PL e tive parceria. Mas deixei claro, também, que me aproximaria do governador, pois é impossível governar Formosa sem esse apoio.”

Da mesma forma, o prefeito de Cabeceiras, Jacó Rotta, disse que fez o compromisso de filiação, pois o município precisa do Estado para melhorar. Para ele, “nada mais justo do que estar com o governador Ronaldo Caiado para um bom trabalho. Mas não vamos abandonar senadores e deputados do PL”.

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