Grupo de fraude bancária é alvo de operação da PF – 01/04/2025 – Mercado


A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (1), uma operação contra uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro que usava técnicas de engenharia social no meio digital.

São cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão, além de sequestro de bens dos investigados, em São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Ceará, autorizados pela Justiça Estadual de São Paulo na operação Tripeiros.

De acordo com a PF, o grupo chegou a furtar, em um só dia, aproximadamente R$ 1 milhão, que foram distribuídos entre cerca de 70 contas de laranjas na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Os criminosos utilizavam técnicas de engenharia social e phishing para realizar as fraudes. O termo se refere quando há o uso de isca, como alguma mensagem ou imagem chamativa, com apelos emocionais e psicológicos para manipular as vítimas.

Por meio de acesso a dados dos clientes, os criminosos criavam um site “clone” do banco e faziam, com engenharia social, que a vítima entrasse no site falso. Assim pegavam os dados bancários e realizavam as transferências.

Em questão de minutos, o dinheiro era transferido de uma só conta. Também foi apurado que os criminosos, no período da investigação, movimentaram mais de R$ 100 milhões.

Segundo a PF, a ação é resultado de um ano e meio de investigação com foco nos chefes da organização, executores das fraudes e nos arregimentadores das pessoas utilizadas como “laranjas” pelo grupo criminoso.

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, furto qualificado mediante fraude e organização criminosa.

“A Polícia Federal reafirma seu compromisso com o combate à criminalidade cibernética e à proteção do sistema financeiro nacional, com a expectativa de que a operação contribua para a desarticulação dessa rede criminosa e a recuperação de recursos desviados”, disse o órgão.

Como guardar seus dados e se proteger de fraudes

1) Resguardar a própria privacidade na internet é o primeiro passo

Dados vazados na internet são a matéria-prima dos criminosos. Eles usam essas informações para se passar pelo banco da vítima ou, no pior dos casos, invadir a conta bancária.

Plataformas como o Have I Been Pwned? (“eu fui vazado?”) mostram se um email e os dados ligados a ele já foram vazados. Basta inserir o endereço e consultar o resultado.

A checagem e atualização de informações de acesso devem ser como um exame de rotina. O ideal seria fazê-las a cada seis meses.

Ter cuidado para não se expor demais nas redes sociais também ajuda. Criminosos roubam imagens pessoais e descobrem endereços com base nas publicações mais ingênuas.

2) Reforce a sua segurança

As senhas devem ser difíceis, com letras, números e símbolos. Evite as datas de aniversário e a clássica sequência “1, 2, 3, 4 , 5 e 6”.

Existem apps, como o 1Password, que gravam todas as senhas. É preciso se lembrar apenas da senha desse programa.

Ative também a autenticação em dois fatores em todos os programas e sites que oferecem o mecanismo de segurança. É aquela que envia um código por SMS para você acessar a conta.

3) Navegue pela internet segura

Se ater às páginas confiáveis e conhecidas da internet também reduz danos. Não clique em links enviados por estranhos e tome cuidado com o que a busca do Google mostra. Os criminosos também dominam técnicas para fazer o site deles ganharem destaque no buscador.

Ainda é bom se precaver ao acessar redes wifi públicas, como aquelas de restaurantes e aeroportos. Nessas conexões, o aparelho fica visível para todos que estão conectados à rede, incluindo criminosos.

Uma alternativa para acessar essas redes com segurança é usar um serviço chamado VPN. Essa tecnologia faz parecer que o computador está conectado a outra rede, o escondendo dos demais dispositivos da wifi.

Caso o pior aconteça, apesar de todos os cuidados, as vítimas de golpe devem registrar boletim de ocorrência. Quem sofreu golpe deve procurar a delegacia virtual do próprio estado.



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